A atenção e combate à dengue é algo que não pode ser desprezado, mas os números oficiais de Campinas mostram uma grande diferença de agressividade e mortalidade da doença transmitida pelo mosquito em relação ao novo coronavírus.

Campinas confirmou já 1.703 casos de dengue neste ano, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde. A quantidade de casos é dez vezes maior do que o de contaminados por Covid-19, que confirmou apenas 163 casos oficialmente. A grande diferença está na mortalidade: nenhuma pessoa morreu de dengue, mas 7 pessoas já morreram de covid-19 este ano em Campinas.
Outro fator importante, que normalmente não é divulgado nos dados oficiais, é em relação ao uso dos hospitais e UTIs. Na dengue, o número de caso que precisa de internação é muito baixo, normalmente o paciente recebe soro e volta para casa. Já com o coronavírus, o agravamento exige normalmente uma UTI com respirador mecânico.
Os números dos resultados dos exames de coronavírus em Campinas devem aumentar nas próximas semanas, se os laboratórios do estado conseguirem processar o que foi acumulado nas últimas semanas.
No caso da dengue, os Dados são até o último dia 13 de abril e mostram que a incidência é de 140 casos para cada 100 mil habitantes. “O aumento no número de casos é esperado para essa época do ano. O pico é aguardado para abril, dentro da sazonalidade da dengue”, explica a Coordenadora do Programa Municipal de Controle de Arboviroses, Heloísa Malavasi, do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Prefeitura.
Dados epidemiológicos identificam que 80% dos criadouros estão dentro das casas. “Esperamos que, nesse momento em que as pessoas estão mais em casa, que tenham cuidado e limpem mais seu ambiente, mantendo-o livre dos criadouros do mosquito”, pede a coordenadora do Programa de Controle de Arboviroses de Campinas. “Se há mosquitos, há criadouros por perto”, afirma Heloísa Malavasi. (Com informações de divulgação)
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