.Por Susiana Drapeau.
Há 5 anos o ex-presidente Lula, o presidente mais bem avaliado em toda a história do país, e o Partido dos Trabalhadores (PT), um dos mais importante movimentos da sociedade brasileira, estão sendo derrotados por uma epidemia partidária do Judiciário e do Ministério Público do Brasil.
São derrotas em cima de derrotas, sejam políticas ou judiciais. As vitórias são pequenas e só servem para manter respirando o paciente, para dar um ar de legalidade dentro de uma enorme doença judicial. Enquanto isso, a doença avança com o neofascismo.
Já estamos com meia década de derrotas e fracassos desde a primeira e fundamental derrota para o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB), que conquistou a presidência da Câmara Federal. De lá pra cá, o Brasil afunda junto com as forças progressistas e democráticas.
Após todo esse tempo, Lula e o PT ainda não conseguiram reverter tantas derrotas. Na última, a doença da epidemia judicial provocou a decisão de admissibilidade pelo vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Goés, que prosseguiu com o pedido de cancelamento do registro do Partido dos Trabalhadores junto à Justiça Eleitoral. Parece que a doença epidêmica do judiciário quer retirar os respiradores do PT.
Todos sabem que o surto da doença do Judiciário começou em Curitiba, mas foi disseminado pela Rede Globo para todo o país. Hoje a própria Globo sofre com a toxina que espalhou para a sociedade. A situação é grave e pode se tornar pandêmica.
É uma epidemia judicial crônica e aguda ao mesmo tempo. Não é possível, como no caso da Covid-19, enfrentar com os mesmos remédios, já conhecidos, contaminado pelas glórias do passado recente. Também não dá para agir como um bolsominion diante do Covid-19. É preciso refletir, pensar, estudar, analisar, ter proteção e cuidado.
Lula, o PT e as forças democráticas precisam de uma nova estratégia para enfrentar essa doença judicial, algo diferente de tudo que fez no passado recente. Talvez um Cavalo de Troia, um trabalho mais elaborado, uma capa protetora, um coquetel político amplo, um reposicionamento estratégico, uma articulação inesperada. São possibilidades improváveis que precisam ser descobertas, revisadas (não repetidas). E ainda que tenham algum efeito colateral, possam reverter o grave quadro clínico do Brasil.