As manifestações em defesa da educação, saúde, direitos e democracia previstas para esta quarta-feira (18) terão como principal ação um barulhaço (panelaço) que será realizado às 20h30. O movimento ganhou força com o panelaço ocorrido espontaneamente na noite desta terça-feira, 17 de março. As ações irresponsáveis de Bolsonaro em relação ao coronavírus anteciparam o protesto.
A data também será marcada por greve de servidores públicos, como em São Paulo, e de trabalhadores na educação pelo país.
Na cidade de São Paulo, os servidores estão recebendo orientação do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município (Sindsep) para ficar em casa. Com exceção dos servidores de saúde, mobilizados para o atendimento à população por conta do avanço do coronavírus.
As organizações do campo progressista também vão reforçar as ações nas redes sociais para marcar a data, que inicialmente previa manifestações de rua, canceladas em função da crise de saúde.
“Participe das ações em redes sociais divulgando as pautas que defendemos como democracia e direitos trabalhistas e sociais. Diga NÃO à Emenda Constitucional 95, que barra investimentos no SUS e na saúde pública, na educação e em áreas importantes para nossas vidas”, afirmam os movimentos que organizam o #GrevePorEducaçãoEsaúde.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) também realiza greves em diversos estados nesta quarta. Sindicatos filiados, trabalhadores em educação, estudantes, pais e mães, são convocados a se unir à mobilização virtual “contra as desmedidas do atual governo, que atentam contra o patrimônio e os serviços públicos do Brasil, entre os quais, a educação pública”.
Fundeb
A CNTE está mobilizando a categoria de trabalhadores públicos na área de educação para aprovar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), em caráter permanente e com mais recursos para a educação. “No dia 18 de março, precisamos chamar a atenção da sociedade e das representações políticas federais para a necessidade de aprovar a Proposta de Emenda Constitucional nº 15/2015, que visa instituir o novo Fundeb em patamares compatíveis com as necessidades dos entes subnacionais”, afirma a entidade.
O Fundeb, aprovado pela Emenda Constitucional 53/2006, expira este ano. Caso não seja renovado, mais de 3.500 municípios do país sofrerão retrocessos no financiamento da educação, comprometendo o atendimento escolar de milhares de estudantes, alerta a confederação. (Carta Campinas/RBA)