Até o ano do golpe parlamentar de 2016, os governos petistas de Lula e Dilma construíram 446 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e em 2016, ano do golpe, Dilma deixou o governo com outras 620 UPAs em construção em todo o Brasil. Os dados foram coletados por 6 pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, instituições públicas e de universidades públicas do Brasil e publicado na Revista de Saúde Pública em 2017.
Em 2015, ano que se iniciou o processo do golpe de 2016 e só se ouvia na mídia que o Brasil estava em crise, o governo Dilma Rousseff finalizou 87 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 1.526 novas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, o Programa Mais Médicos contratou 3,7 mil novos profissionais para atuar em diversas regiões, sendo 100% deles brasileiros. Com a eleição de Bolsonaro e sua hostilidade com Cuba, os médicos cubanos foram chamados de volta ao país de origem.
Na epidemia do coronavírus, as UPAs poderiam ter tido condições de fazer exames rápidos e ajudar a controlar o vírus, mas o governo atual não se preparou para a crise e o Brasil não tem kits suficientes para testar todos os doentes. Uma das estratégias bem sucedidas em outros países foi fazer o teste e isolar rapidamente as pessoas contaminadas.
De acordo com o estudo, as UPAs foram idealizadas no ano 2000, mas só começaram a ser implantadas a partir de 2007 no governo do ex-presidente Lula, inicialmente na região Sudeste. O financiamento federal foi um forte indutor da implantação. Os estados planejaram suas unidades de pronto atendimento, mas os pesquisadores criticam a existência de negociação direta entre os municípios e a União. Segundo a pesquisa, isso contribuiu com o significativo número de unidades de pronto atendimento construídas pelos governos petistas, mas que não funcionavam.
A gestão das unidades de pronto atendimento é predominantemente municipal, com a maioria das unidades de pronto atendimento localizadas fora das capitais. Os principais desafios identificados foram: o sub-financiamento e a dificuldade de contratar médicos. As prefeituras e governos estaduais diziam não ter recursos para mantê-las. Em 2017, o Congresso Nacional aprovou o congelamento dos investimentos em saúde pública, proibindo por lei aumentar investimentos na saúde da população e inviabilizando de vez o funcionamento das UPAs. Nenhum país do mundo, garante o ex-presidenciável Ciro Gomes, tomou uma atitude tão estúpida como essa de congelar investimentos em Saúde e Educação.
Os pesquisadores concluíram que a unidade de pronto atendimento tem o mérito de ter recursos tecnológicos e ser arquitetonicamente diferenciada, mas acreditam que o sucesso das UPAs depende de se situar dentro de uma rede de urgência. A construção de UPAs pelo governo federal gerou respostas contraditórias, pois nem todos os estados consideram a unidade de pronto atendimento como prioritária. O fortalecimento da gestão estadual foi identificado como desafio para a implantação da rede de urgências. Em 2016 havia 134 UPAs construídas pelo governo federal sem funcionar.
Em 2018, o Michel Temer assinou uma alterção no Decreto nº 7.827/2012,. Com a medida, estados e municípios puderam utilizar a estrutura de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h), que estão prontas e sem funcionar, para outra finalidade na área da saúde, sem precisar devolver recursos federais.
Golpe????
Crime de responsabilidade não é golpe dado por Dilma?
Um crime tão terrível que o Congresso legalizou por completo dois dias depois do impeachment… https://www.brasildefato.com.br/2016/09/02/dois-dias-apos-golpe-governo-temer-sanciona-lei-que-autoriza-pedaladas-fiscais/
Se crime de responsabilidade desse em impeachment bozo já tinha caído em janeiro de 2019. Para de falar besteira.
Dois dias depois do golpe, legalizaram pedaladas fiscais, que até então, também não tinham problema nenhum. Além disso, o bolsocaro está protegido pelo setor financeiro, nenhum crime que ele pratica é punido.