A licença-paternidade da Finlândia, governada por uma coalizão de centro-esquerda, tendo à frente primeira-ministra mais jovem do mundo, Sanna Marin, ficará igual à licença-maternidade e será de quase sete meses, segundo informou o governo do país europeu.
A coalizão de governo da Finlândia, composta por cinco partidos, é toda liderada por mulheres, quatro das quais com menos de 35 anos de idade. O governo empossado em dezembro declarou a igualdade de gênero como uma de suas prioridades, anota reportagem da Deutsche Welle
A duração total da licença remunerada será prolongada dos atuais 11 meses e meio para 14 meses. Mães e pais, ou os responsáveis diretos pela criança, receberão uma cota igual de 164 dias pagos, o equivalente a 6,6 meses por cuidador. Mães ou pais solteiros teriam direito à cota remunerada equivalente a dois responsáveis por uma criança.
Ainda segundo a reportagem, gestantes da Finlândia também passarão a ter direito a um mês de licença maternidade antes da data prevista do nascimento da criança – esquema semelhante ao da Alemanha, onde a mãe grávida para de trabalhar seis semanas antes do dia previsto para o parto.
No que diz respeito à diversidade, a proposta quer inovar na linguagem e, com isso, “apoiar todos os tipos de família, garantindo licenças iguais por criança, independentemente da estrutura da família. Dividir as responsabilidades do cotidiano ficará mais fácil, e a relação entre os dois genitores e a criança será fortalecida desde a primeira infância”, diz Aino-Kaisa Pekonen, ministra finlandesa da Saúde e Assuntos Sociais, cargo semelhante ao da ministra Damares, apesar de compreender a pasta da Saúde. Cada país tem a ministra de assuntos sociais e da família que merece.
O modelo “garante à criança uma posição central em relação aos benefícios da família e promove o bem-estar e a igualdade de gênero”. Em janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, a premiê Sanna Marin exortou países e empresas a fazerem mais para garantir um tratamento justo a mulheres. Ela destacou que igualdade de gênero “não acontece sozinha”. A implementação da reforma está prevista para o segundo semestre de 2021. (Veja texto completo na DW)