Texto de André Barrocal mostra que um agente secreto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) trabalha disfarçado de vigilante na Universidade de Brasília (UnB). Ele é um “oficial de inteligência”, o topo da carreira na Abin, do qual se exige ensino superior e a produção de relatórios, por exemplo. Ainda segundo a reportagem:
A informação sobre o posto desse “espião”, que deveria ser sigilosa por causa do tipo de atividade, faz parte de uma investigação em curso no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre um processo seletivo realizado pelo Ministério da Economia em 2019.
A reportagem não descobriu desde quando o agente secreto atua na UnB. A universidade tem sido perseguida no governo Jair Bolsonaro. Em 2019, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, cortou 30% do orçamento dela sob a alegação de que ali se promovia “balbúrdia”, disse que a instituição produzia “maconha” e tentou levar o TCU a reprovar suas contas de 2017.
Em nota, a UnB diz ter recebido “com surpresa e preocupação” a notícia sobre o agente infiltrado. “A Universidade ainda está analisando as informações disponíveis a respeito do caso e avaliando as medidas cabíveis. É importante destacar que as universidades são espaços de diversidade e exercício da liberdade de expressão e de cátedra, princípios constitucionais que vigoram em um Estado democrático como o brasileiro.” (Da Carta Capital)
Embora ainda não tenha chegado ao pico do horror da Alemanha nazista na década de 30, é apavorante a semelhança com o regime nazista de atos, falas, normas, propaganda para a demonização de grupos sejam políticos, étnicos, classe econômica, o uso de métodos truculentos, vis contra os que se opõe, real ou imaginariamente contra o grupo de plantão. Da mesma forma que lá, muitos que poderiam barrar o avanço do nazi-fascismo se calam dizendo que não é bem assim, que o capetão não vai levar o país ao abismo, nem vai perseguir ninguém. Todos deveriam estudar esse capítulo, o mais horrendo da História recente da humanidade, para constatar a semelhança assustadora com o que ocorre em nossa pátria. Enquanto der tempo!
Nos tempos da maldita ditadura militar isso era muito comum, tenho o testeunho d familiares mais vlhos que viram tudo isso ao vido e com frequência.Inclusive havia DOIS agentes que frequentavam as aulas na qualidade de ” alunos”.Não vou dizer o nome da faculdade…