O governo Bolsonaro acreditou na própria mentira que inventou e decidiu fazer uma auditoria de seis páginas no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A auditoria não apontou evidência alguma de corrupção e gastou R$ 48 milhões em dinheiro púbico – R$ 6 milhões por página. Capitaneada por Jair Bolsonaro, a campanha sobre supostas irregularidades no banco tinha como objetivo atingir os governos do PT – Lula e Dilma.
Agora é preciso saber quem vai restituir esses R$ 48 milhões de dinheiro público, que poderia estar em hospitais, e que foram gastos de forma inútil. A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro.
“Tentaram incriminar Lula, Dilma, lideranças do PT e gestores do banco! Quem paga por isso? Como reaver a reputação das pessoas? Era uma ação política de acusações orquestradas! Vcs tem de responder por isso. E agora Bolsonaro? E agora Lava Jato, Moro?”, escreveu a parlamentar no Twitter.
De acordo com o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), “há mais de 10 anos circulam mentiras sobre o BNDES envolvendo Lula e Dilma”. “Agora uma auditoria externa confirma o que sempre dissemos: NUNCA houve caixa preta e NUNCA o BNDES foi tão lucrativo quanto nos governos do PT. Mas a essa altura a mentira deu 5 voltas ao redor do mundo”, afirmou.
Segundo relato do jornal O Estado de S.Paulo, o banco informou que, durante as investigações foram revisados mais de 400 mil documentos, coletados mais de 3 milhões de dados eletrônicos de funcionários.
Foram entrevistados funcionários, ex-funcionários, executivos e ex-executivos do BNDES envolvidos nas operações. Também analisados relatórios da PF, denúncias do MPF, termos de colaboração premiada, materiais de investigações internas do BNDES, além de documentos de sindicâncias internas, relatórios de CPIs, entre outras informações disponíveis. (Do 247/CartaCampinas)