Em depoimento à CPI criada para investigar um esquema de corrupção na venda de energia de Itaipu no parlamento do Paraguai, o engenheiro Pedro Ferreira, ex-presidente da Ande (a estatal de energia do Paraguai) disse que o empresário Alexandre Giordano, suplente do senador Major Olímpio (PSL), citou o nome da família Bolsonaro em uma reunião entre representantes da empresa Léros e da estatal. As informações foram publicadas por Ricardo Galhardo no Estado de S.Paulo (link).
Recentemente, o jornal paraguaio ABC (Link) trouxe revelações sobre o esquema de corrupção em Itaipu para beneficiar a empresa Léros e políticos do PSL, partido do Bolsonaro. O intermediário da Léros nas negociações secretas, Alexandre Giordano, é suplente do senador do Major Olímpio, do PSL, que é líder do Bolsonaro no Senado.
No mês de agosto, o advogado José “Joselo” Rodríguez, que se apresentava como assessor jurídico da vice-presidência do país vizinho, também disse ter ouvido Giordano usar o nome da família Bolsonaro, mas depois recuou na CPI
Segundo o senador Eusebio Ramon Ayala, presidente da comissão, o depoimento de Ferreira trouxe novos dados sobre a posição da Léros para negociar no Brasil a energia paraguaia. “O engenheiro trouxe dados mais precisos sobre a possibilidade de a Léros obter autorização (do governo brasileiro) para vender energia no Brasil”, disse o senador.
Para Pedro Ferreira, o encontro entre representantes da Léros e da Ande aconteceu no dia 10 de maio em Ciudad del Este, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro ter ido à tríplice fronteira para a cerimônia de início das obras da Ponte da Integração, ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que quase sofreu impeachment devido ao escândalo.
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