O projeto “Múltiplas Vozes da Experiência Negra no Cinema” segue com exibições no Sesc Campinas.
No próximo dia 3/9, terça-feira, às 19h, será exibido o filme “Kaniama Show”. (Congo e Bélgica / 2018 / 22 min. / Direção: Baloji). Kaniama Show é uma sátira da TV nacional em um país da África, espalhando sua propaganda de soft power entre entrevistas complacentes e interlúdios musicais.
No mesmo dia, às 19h30, a exibição será do filme “Baixo Centro”. (Brasil / 2018 / 80 min. / Direção: Ewerton Belico, Samuel Marotta). Nos fragmentos de uma noite sem fim, Robert e Teresa se encontram, se conhecem e se separam pela força da opressão e pela ameaça da morte e da desaparição que se insinua continuamente. Circundados por Djamba, Gu e Luísa, a noite sugere encontros, êxtase, memórias da catástrofe e a promessa irrealizada de felicidade. As sombras do amor em uma cidade que desmorona.
No dia 4/9, quarta-feira, às 19h30, acontece uma exibição de Curtas Locais – Trilogia Afro-Campineira. Três curtas-metragens, realizados pelo professor e cineasta Gilberto Alexandre Sobrinho, que abordam artistas e lideranças negras da Região Metropolitana de Campinas, com o objetivo de construção de narrativas poéticas acerca do protagonismo afro-brasileiro inscrito em diferentes territórios. Bate-papo com o cineasta antes e após a exibição dos curtas.
DIÁRIO DE EXUS
(Brasil / 2015 / 24 min.). O documentário atualiza o mito afro-brasileiro de Exu, tomando como ponto de partida o registro do processo de criação da peça de teatro “Exus”. Seu protagonista, o ator Mestre Jahça, é quem conecta os diferentes lugares onde habita esta entidade na cidade de Campinas.
A DANÇA DA AMIZADE – HISTÓRIAS DE URUCUNGOS, PUÍTAS E QUIJENGUES
(Brasil / 2016 / 25 min.). A trajetória artística e de resistência afro-brasileira do grupo “Urucungos, Puítas e Quijengues”, fundado na Unicamp, por Raquel Trindade, no final dos anos 80, com repertório de cultura popular do Nordeste e do Sudeste. Até hoje, o coletivo mantém-se em plena atividade.
A MULHER DA CASA DO ARCO-ÍRIS
(Brasil / 2018 / 23 min.). A história de Mãe Dango, sacerdotisa do Candomblé Angola. A Casa do Arco Íris, que ela define como um quilombo, abriga seus filhos e filhas e ali se cultuam os inquices, divindades da herança afro-diaspórica.
O projeto “Múltiplas Vozes da Experiência Negra no Cinema”, idealizado pelo crítico, curador e professor Heitor Augusto, traz curtas e longas metragens que colocam as vivências negras brasileiras contemporâneas, refletidas no cinema, em contato com outras diásporas e também com o continente africano.
Todas as exibições acontecem no Teatro e são gratuitas, com retirada de ingressos limitados na Ilha de Atendimento no dia da atividade. (Carta Campinas com informações de divulgação)