Um grampo clandestino foi colocado na sede da Polícia Federal em Curitiba por determinação de uma delegada e de um agente da corporação sem autorização judicial. O ato serviu para investigar funcionários da PF suspeitos de contrariar os interesses da Lava Jato.
A informação foi confirmada pelos próprios ordenadores da ação, a delegada Daniele Gossenheimer Rodrigues, então chefe do NIP (Núcleo de Inteligência Policial) do Paraná, superior hierárquica do agente Dalmey Fernando Werlang, lotado no núcleo. Daniele é casada com o delegado Igor Romário de Paula, que também fez parte da Lava Jato.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o grampo foi colocado para saber de delegados da polícia federal tinham feito um dossiê sobre possíveis ações cometidas pela Lava Jato. Apenas o agente Werglang foi punido – e não pela instalação clandestina do equipamento, mas por ter informado “de forma imprópria” a outros policiais federais sobre o grampo ilegal. (Do 247/Carta Campinas)