O jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, rebateu nesta terça (11) a edição do Jornal Nacional sobre o escândalo da Vaja Jato. O principal telejornal da Rede Globo dedicou a maior parte da reportagem da noite de segunda (10) para defender Sergio Moro e Deltan Dallagnol das acusações que configuram conluio.
O Intercept divulgou no domingo (9) quatro reportagens sobre conversas privadas entre Moro e Dallagnol, que provam a atuação parcial do ex-juiz da Lava Jato.
Os produtos da Globo, contudo, tem dado importância para o vazamento de informações, ato criminoso, em vez de dar espaço para o mérito das acusações apontadas pelo Intercept.
“A Globo é sócia, agente e aliada de Moro e Lava Jato – seus porta-vozes – e não jornalistas que reportem sobre eles com alguma independência. É exatamente assim que Moro, Deltan e a força-tarefa veem a Globo. Então não esperem nada além de propaganda”, disparou Greenwald, no Twitter.
“Por exemplo: essa manchete do @JornalOGlobo [“Conversas de Moro com procuradores e ação de hacker serão investigadas”] é difícil de acreditar. A estratégia da Globo é a mesma que os governos usam contra aqueles que revelam seus crimes: focar em como as infos foram obtidas e ignorar as revelações. Eles mal mencionaram as impropriedades de Moro.”
Na rede social, o fundador do Intercept também demonstrou surpresa ao ler, nesta terça (11), um editorial do jornal Estadão – outro “porta-voz” oficial da Lava Jato – pedindo a renúncia de Moro. (Do GGN)
Infelizmente, é a verdade nua e crua. A Globo não faz jornalismo, faz politicagem. Ela está mais interessada no Poder Político do que usar o seu instrumento para o fortalecimento da democracia do Brasil. Não vou dizer que não existam jornalistas sérios, mas chegar a ser um instrumento de manipulação e compactuar com todos os devaneios de um jornalismo marrom, é muito triste para esses profissionais.