A reação nervosa do general Augusto Heleno sobre declaração do ex-presidente Lula sobre a suposta facada levada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha presidencial levanta mais dúvidas sobre a veracidade do fato.
A reação do general foi feita para acreditar na suposta facada sem questionamento. Ou seja, em vez de levantar todas as provas de que houve realmente a facada, determinar um investigação profunda sobre o episódio, ele preferiu atacar Lula, desviando a atenção da necessidade de se comprovar que realmente a facada aconteceu e simplesmente acabar com a suspeita.
Uma outra reação de quem não estaria preocupado com o tema seria não dar importância, nem comentar, visto que seria uma fala tola. No entanto, a reação agressiva evidencia preocupação com o tema.
A reação do general Heleno, que é ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi durante café da manhã com jornalistas ao lado do presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira 14, com direito a socos na mesa. Ele chamou Lula de “canalha”, “desonesto” e rasgou elogios a Bolsonaro; “Um presidente desonesto tinha que tomar uma prisão perpétua”, bradou, com dedo em riste”, gritou; “Isso é uma canalhice típica desse sujeito. Não mereceu jamais ser presidente da República. Eu tenho vergonha de um sujeito desses ter sido presidente da República”.
Ele reagiu à declaração do ex-presidente aos jornalistas José Trajano e Juca Kfouri, de que “tem alguma coisa estranha” na facada que Bolsonaro recebeu durante a campanha presidencial, em Juiz de Fora (MG).
“Aquela facada… pra mim tem alguma coisa muito estranha… tem uma coisa muito estranha. Uma facada que não aparece sangue em nenhum momento, uma facada em que o cara que dá a facada é protegido pelo segurança do Bolsonaro… eu conheço segurança de palanque… (se é comigo) eu teria que pular em cima do segurança”, disse Lula. (Carta Campinas/247)