A projeção do Banco Central (BC) para o crescimento da economia este ano desabou no Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (27). A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – passou de 2% para 0,8%. A queda se aproxima de crescimento zero. Um dos setores que está mais prejudicado é a construção civil, que deverá ficar negativo em 1,0%.
Entre os fatores para a redução da projeção estão a ausência de sinais nítidos de recuperação nos primeiros indicadores econômicos para o segundo trimestre e o “recuo dos indicadores de confiança de empresas e consumidores, com impactos sobre as perspectivas de consumo e investimento”.
Além disso, o BC destaca que a perspectiva de crescimento em 0,8% está “condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira e incorpora expectativa de recuperação da atividade em ritmo crescente ao longo do restante do ano”.
De acordo com o BC, a produção da agropecuária deverá crescer 1,1% no ano, permanecendo praticamente estável ante estimativa de elevação de 1% prevista em março. Esse aumento da projeção para a agropecuária contrasta com reduções nas previsões de crescimento para os demais setores.
A projeção para o desempenho da indústria foi reduzida de 1,8% para 0,2%. A estimativa da variação do produto da indústria de transformação passou de 1,8% para -0,3%. A previsão para a indústria extrativa recuou de 3,2% para 1,5% em razão das incertezas sobre os impactos do rompimento da barragem de mineração em Brumadinho (MG).
O prognóstico para a construção civil passou de crescimento de 0,6% para recuo de -1,0%, a previsão de crescimento para distribuição de eletricidade, gás e água passou de 2,3% para 2,8%, devido à expectativa de redução na participação de usinas térmicas neste ano e de cenário favorável de chuvas.
O BC estima crescimento de 1% para o setor terciário (comércio e serviços) em 2019, com reduções nas estimativas para o desempenho da maioria das atividades. Em março, a previsão era 2%.
Também houve recuo na projeção para o consumo das famílias, de 2,2% para 1,4%, “compatível com a expectativa de recuperação mais gradual da massa salarial”. A estimativa para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – investimentos – recuou de 4,3% para 2,9%, enquanto a projeção para o consumo do governo deverá crescer 0,3%, ante projeção de crescimento de 0,6% em março, “consistente com expectativa de piora na arrecadação tributária em cenário de crescimento econômico menor”. (Agência Brasil/Carta Campinas)
#Brasil – “É assustadora a bomba-relógio que temos pela frente”. 80% dos trabalhadores brasileiros são pobres e vivem com renda de até 1.700 reais.
> https://gustavohorta.wordpress.com/2019/06/18/brasil-e-assustadora-a-bomba-relogio-que-temos-pela-frente-80-dos-trabalhadores-brasileiros-sao-pobres-e-vivem-com-renda-de-ate-1-700-reais-entrevista-especial-com-waldir-quadro/
…”Entre pessoas que trabalharam comigo, como colaboradores que estudavam enquanto trabalhavam, conheço vários que emigraram para prestarem serviços alhures como servidores sem qualquer qualificação: marceneiros, faxineiros, pedreiros, jardineiros, atendentes em supermercados e no comércio, por aí vai.
Muito curioso é o fato de que aqueles que emigram muitas vezes não dominam o idioma e acabam participando das micro sociedades de brasileiros em outros países nas quais são explorados em trabalhos escravos que recebem até 1/3 do que recebem os que trabalham para os ‘nativos ‘.
Por exemplo, uma amiga formada em engenharia pela Faculdade Pitágoras em Contagem/MG está hoje nos Estados Unidos da América trabalhando como faxineira para brasileiros recebendo algo como 40 a 50 dólares estadunidenses para cada casa faxinada. Em geral paga-se algo como US$150 se este serviço for prestado em casa de cidadão estadunidense. O marido que também está lá trabalhando em uma marcenaria de brasileiros recebe uma diária de $120 dolares estadunidenses, enquanto o salário mínimo local é de $170.
Vale dizer que o brasileiro é escravagista aqui e continua sendo escravagista em outros países para onde vai… nós não conseguimos nos livrar de nossas raízes escravagistas.” …