.Por Eduardo de Paula Barreto.

Quando um juiz
Transgride o seu papel
Dando ao acusador a diretriz
Que condenará o réu
Ele se torna mais odioso
Do que o pior criminoso
Que se submete ao veredicto
Porque sem imparcialidade
Toda sentença é na verdade
A prática de novo delito.
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Se o juiz manobra
Usando recursos jurídicos
Para fazer da sua toga
Asa para voos políticos
Prejudicando oponentes
Condenando inocentes
Ou maculando reputações
A ele deve ser garantido
No calabouço dos bandidos
Lugar para eternas reflexões.
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Que a mão que segura o martelo
Seja pura, honesta e imparcial
E que possa servir de modelo
Para as mãos que no final
Aplaudem o justo magistrado
Tenha ele absolvido ou condenado
Quem se curvou aos legais preceitos
Porque a Justiça é a baliza
Cuja essência preconiza
A conformidade com o que é direito.
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