Em novos vazamentos revelados pelo site The Intercept Brasil mostra que procuradores do Ministério Público Federal ficam preocupados com a partidarização explícita que tomou conta da Lava Jato.
Os procuradores fazem questionamentos que deveriam ter sido feitos pela grande mídia, que se passou por acéfala propositalmente durante todo o processo de perseguição política promovido pelo juiz Sérgio Moro e por alguns procuradores.
A reportagem mostra que as críticas ao juiz Sérgio Moro vinham se acumulando dentro do Ministério Público antes do anúncio oficial de que ele seria empregado de um presidente de trajetória marcada por apologia à tortura, à ditadura e a declarações misóginas e homofóbicas.
Antes do segundo turno das eleições, em 25 de outubro, os procuradores Jerusa Viecili e Paulo Roberto Galvão lamentaram que Moro e que a própria força-tarefa passassem a impressão de favorecer a candidatura de Bolsonaro.
“Galvão se mostrava especialmente preocupado com o silêncio da força-tarefa em relação às declarações do político contra a liberdade de imprensa e ao seu desprezo pelo devido processo legal. Essas posições eram criticadas pela Lava Jato quando verbalizadas por outros políticos. Galvão se incomodava também com o silêncio dos colegas frente aos ataques dirigidos contra os protestos anti-Bolsonaro que ocorriam em universidades. A partidarização da Lava Jato já estava explícita mesmo entre os procuradores do Ministério Público.
Veja reportagem completa no The Intercept
O que acho engraçado, é que alguns procuradores da Força Tarefa da Lava Jato não assumem o filho que eles próprios pariram. Na época do Lula e da Dilma houve um respeito muito grande em dar autonomia a essa conceituada instituição jurídica. Mas não sei, por qual carga d’água, eles traíram a confiança dos dois ex governantes a partir de sua partidarização e do impeachment da Dilma. Eu chamo isso de ganância pelo Poder. Se sentiram semi deuses em achar que prenderam corruptos de colarinhos brancos baseado em suas delações premiadas com a devolução das vultosas multas para a criação do seu Instituto. Eles nunca foram “advogados do povo”, a não ser oportunistas e corporativistas.