Na série de reportagens publicados pelo site The Intercept Brasil, que revelam diálogos em grupo de rede social dos procuradores da Lava Jato, há momentos estarrecedores contra a liberdade de imprensa garantida na Constituição e um dos pilares de várias constituições após períodos regimes absolutistas.
Os procuradores até xingam e tramam contra a possibilidade de o ex-presidente Lula simplesmente conceder uma entrevista. Eles tentam defendem todo tipo de ilegalidade para burlar a decisão do Supremo, inclusive propositalmente impedir ou adiar a entrevista. Também buscam estratégias para atrapalhar a entrevista. Fica claro que a ação dos procuradores é política e tentam evitar um possível benefício político da entrevista de Lula para o então candidato a presidente, Fernando Haddad, mesmo que destruindo a legalidade jurídica do país. Os procuradores não atuaram contra somente contra o PT, mas contra a Constituição.
Veja trecho da reportagem após a decisão do STF :
Um clima de revolta e pânico se espalhou entre os procuradores. Acreditando se tratar de uma conversa privada que jamais seria divulgada, eles deixaram explícitas suas motivações políticas.
A procuradora Laura Tessler logo exclamou: “Que piada!!! Revoltante!!! Lá vai o cara fazer palanque na cadeia. Um verdadeiro circo. E depois de Mônica Bergamo, pela isonomia, devem vir tantos outros jornalistas… e a gente aqui fica só fazendo papel de palhaço com um Supremo desse… ”.
‘ando muito preocupada com uma possivel volta do PT, mas tenho rezado muito para Deus iluminar nossa população para que um milagre nos salve’.
Uma outra procuradora, Isabel Groba, respondeu com apenas uma palavra e várias exclamações: “Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.
Após uma hora, Tessler deixou explícito o que deixava os procuradores tão preocupados: “sei lá…mas uma coletiva antes do segundo turno pode eleger o Haddad”.
Enquanto essas mensagens eram trocadas no grupo dos procuradores da
Lava Jato, Dallagnol estava conversando em paralelo com uma amiga e
confidente identificada no seu Telegram apenas como ‘Carol PGR’ (cuja
identidade não foi confirmada pelo Intercept). Lamentando a
possibilidade de Lula ser entrevistado antes das eleições, os dois
estavam expressamente de acordo que o objetivo principal era impedir o
retorno do PT à presidência e concordaram que rezariam para que isso não
ocorresse.
VERGONHA COLOSSAL! FORA COM TODOS! REFUNDAÇÂO DA REPÙBLICA, JÁ!!!