Durante reunião da Comissão Permanente de Educação e Esporte da Câmara de Campinas, realizada nessa segunda-feira, 13, a Secretaria Municipal de Educação admitiu que há um bug (problema) no sistema de distribuição de alunos do ano inicial do Ensino Fundamental e isso teria causado o superlotação de algumas salas.
No entanto, faltam vagas de escolas estaduais em algumas regiões. Há mais de 20 anos, o estado de São Paulo é governado pelo PSDB, agora com o grupo de João Dória, que pode ser considerado a extrema-direita do PSDB e mais próximo da linha de Bolsonaro.
A denúncia sobre o excesso de alunos foi trazida pelo presidente da Comissão, vereador Gustavo Petta (PCdoB), na tribuna da Câmara no último mês. Segundo os dados apresentados, mais de 100 salas na cidade estão com número de alunos acima do permitido pelo Plano Municipal de Educação e pela resolução do Conselho Nacional de Educação.
Até o ano passado, o sistema era feito pelo (Informática de Municípios Associados (IMA) e agora é feito pelo estado, através da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp).
O problema fica maior nas regiões do Campo Grande, Campo Bello, Oziel e Monte Cristo. Segundo o estado, devido ao alto números de moradores nas regiões, não há mais sala de aula disponível no estado para os alunos.
A Comissão decidiu enviar uma moção ao governo do estado visando acesso às informações de números de alunos por sala, já que não foi disponibilizado. “Precisamos ter cuidado com a municipalização forçada. O estado, há alguns anos, já quis fechar salas e não podemos admitir isso. Temos denúncia que uma escola municipal tem 35 alunos e uma estadual, do mesmo ciclo e vizinha, com 20”, disse Gustavo Petta.
Outro problema levantado na reunião é a geolocalização feita pelo sistema. Segundo as informações, o programa reconhece moradores até dois quilômetros das escolas sem levar em conta problemas geográficos, como rodovias, mata, rios, entre outros. Além disso, segundo a secretaria municipal, os alunos da área rural também são prejudicados com a mudança já que o antigo sistema “priorizava” esses alunos na distribuição das escolas, o que não ocorre com o novo sistema.
O vereador Zé Carlos (PSB) também levantou questão com a geolocalização já alunos andam quilômetro e existe uma escola mais perto da sua casa.
O presidente da Comissão também propôs que a Comissão e membros da sociedade civil iniciem uma campanha para a construção de novas salas de aula e escolas, seja na rede municipal ou na rede estadual. (Com informações de divulgação)