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Exemplos para governo Bolsonaro, México e Chile estão em último lugar na formação de doutor

Por que mirar os países mais desenvolvidos em termos de formação profissional se podemos perseguir as metas dos países menos desenvolvidos? É essa a questão que o governo Bolsonaro está colocando para a sociedade. Em vez de olhar para frente, vamos andar para trás e seguir o exemplo dos países que o Brasil ultrapassou na qualificação para o desenvolvimento intelectual e técnico da sociedade.

(imagem relatório CGEE)

É por isso que o ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, deu como exemplo, logo que assumiu o cargo, países como México e Chile. Considerando apenas os gastos públicos com educação pública, o investimento do Brasil é equivalente a 5% do PIB. Já o Chile, por exemplo, investe o equivalente a 4,8% do PIB daquele país, o México, 5,3% e os Estados Unidos, 5,4%. Um investimento semelhante.

O problema é que México, que investe um pouco mais do que o Brasil, e Chile que investe um pouco menos, estão em último lugar na formação de doutores, fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. Basta ver que a maioria dos países desenvolvidos tem entre 20 e 40 doutores a cada 100 mil habitantes. O Chile é o último colocado com 3,4 doutores por 100 mil habitantes e o México tem 4,2 habitantes por 100 mil.

Uma contradição é que para os países que Bolsonaro bate continência, Israel e Estados Unidos, no entanto, estão bem acima de México e Chile. Israel tem 19,1 doutores por 100 mil habitantes e os Estados Unidos: 20,2. Já o Brasil, que fez grande esforço nas últimas décadas para se desenvolver, a qualificação atinge 7,6 doutores por 100 mil.

Os dados são da Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), catalogados em 2013, tabulados no estudo “Mestres e Doutores 2015: estudos da demografia da base técnico-científica brasileira”, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

Sobre o último pisa, também não há grande diferença entre o Brasil, México e Chile. Apesar de estar atrás, o Brasil pontuou 401, o México 416 e o Chile, um pouco acima, com 437. Todos estão ruins. Vale lembrar que México e Brasil tem grande extensão territorial e grande desigualdade social e econômica, que impede qualquer avanço estruturado.

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