Campinas terá na próxima segunda-feira, 6 de maio, um debate sobre os desafios dos profissionais da área cultural que estão sob intenso ataque e cortes de investimento do governo Bolsonaro e também, em São Paulo, sob o governo de João Dória.
Entre os debatedores estão João Brant, Tião Soares, Cassiane Tomilhero e Sônia Fardin. João Brant é doutor em Ciência Política na Universidade de São Paulo e mestre em regulação e políticas de comunicação pela London School of Economics and Political Science, é militante da comunicação e da cultura, ajudou a fundar o Intervozes e trabalhou como assessor especial na Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e como secretario executivo do Ministério da Cultura.
Tião Soares é mestre em Educação, doutor em Ciências Sociais; Pós Graduação em Gestão e Políticas Culturais( Cátedra Unesco de Cultura, Universidade de Girona-Espanha e Itaú cultural; coordenador de cultura e Relacões institucionais da Fundação Tide Setubal (2005-2012); é membro do Conselho estratégico universidade e sociedade da Unifesp e Secretário estadual de cultura do PT paulista.
Cassiane Tomilhero é mestre em artes, produtora do Cais das Artes e integrante do coletivo de produtoras culturais Caju Cultura, é militante cultura Conselheira de Cultura no município de Campinas e presidenta do Fórum Permanente de Cultura de Campinas. Integra o Fórum do Litoral, Interior e Grande São Paulo.
Sônia Fardin é doutora em Artes Visuais e mestre em Historia Social pela Unicamp, filiada ao PT, militante da AE-Campinas, atuante em movimentos sociais de Cultura, Comunicação, Memória e Direitos Humanos; é curadora do Acervo João Zinclar, integrante da Rede de Museologia Social – SP, membro do Comitê de Salvaguardada do Jongo Dito Ribeiro.
O debate “Cultura e luta política: desafios diante do governo Bolsonaro” acontece no Centro Cultura Esperança Vermelha, às 19h. O Centro fica na Rua Izolete Augusta Souza Aranha, 159, região central de Campinas. Evento gratuito.
Veja abaixo texto sobre o evento:
Após poucos meses de governo Bolsonaro já se fazem sentir na vida de milhares de trabalhadores e trabalhadoras da cultura, dos mais diversos setores da sociedade brasileira, os resultados nefastos da destruição do Ministério da Cultura, uma das primeiras medidas do atual governo federal.
O programa do governo Bolsonaro tem como objetivo o desmonte de um conjunto de instituições e políticas públicas que visavam propiciar fomento, acesso e valorização da diversidade cultural brasileira; as políticas racistas, homofóbicas e neoliberal deste governo atingem diretamente a qualidade de vida da população, em especial nas periferias das grandes cidades.
No plano estadual, também as políticas neoliberais e o viés elitista do atual governo Dória têm causado a desestruturação de programas e projetos consolidados há décadas em muitas as cidades do interior paulista.
Em Campinas, há alguns anos de vigência do governo Jonas, são frequentes os embates travados pelos fazedores de cultura organizados em movimentos sociais sociais com os gestores municipais da área cultural. As palavras abandono e descaso são frequentemente invocadas para traduzir a percepção a atuação do poder público municipal, estadual e federal na vida cultural campineira.
Há consenso nos seguimentos populares e democráticos que a cultura como direito à cidadania plena e como campo de manifestação da diversidade vive hoje sob ataques orquestrados pelos gestores dos governos que ocupam as três esferas da vida republicana.
Por sua vez, movimentos organizados de várias vertentes culturais estão enfrentando os desmontes das políticas públicas garantidoras da cidadania cultural e, principalmente, denunciando o caráter fascista da criminalização da liberdade de criação cultural, que vem sendo uma marca do atual governo.
O debate Será também transmitido pelos canais Facebook @centroculturalesperançavermelha e no Youtube Centro Cultural Esperança Vermelha.