O vereador Carlão do PT, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Campinas, afirmou que sentença da juíza Lissandra Reis Ceccon, da 5ª Vara Criminal de Campinas, configura racismo e é discriminatória.
uma sentença, a juíza escreveu que “o réu não possui estereótipo padrão de bandido, possui pele, olhos e cabelos claros, não estando sujeito a ser facilmente confundido”. A juíza seguiu o entendimento da testemunha que reconheceu o acusado por entender que ele ‘não era igual aos outros bandidos’.
O vereador enviou ofício ao Corregedor Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco referente à declaração da Juiza Lissandra Reis Ceccon da 5° Vara Criminal de Campinas.
“Essa é uma atitude que se configura como racista e discriminatória pois pressupõe que os criminosos têm pele, cabelo e olhos escuros, ou seja, são negros”, comentou o vereador.
No documento solicita ao Desembargador que tome as providências cabíveis e pede ainda agendamento de reunião com ele, juntamente com entidades de defesa dos Direitos Humanos e Combate ao Racismo para tratar desse assunto. (Com informações de divulgação)
O racismo permeia toda a sociedade brasileira, em todas instâncias. Mas quando se origina de uma magistrada é extremamente grave. Não só a Corregedoria do Tribunal, mas também o CNJ e o Ministério Público devem sem delongas tomar as medidas cabíveis!. Ninguém está acima da lei menos ainda da Constituição!
Só vendo o povo confundir ESTEREÓTIPO com FENÓTIPO… e chafurdar no erro de interpretação…
ESTEREÓTIPO é uma visão preconceituosa sobre um determinado grupo e seus integrantes que os ridiculariza ou prejudica, o simples fato de usar o termo já indica que o utilizador reconhece que há um preconceito infundado, ou seja, ao contrário de ser racista está reconhecendo que o racismo existe.
Já FENÓTIPO são características físicas resultante das origens ancestrais de um grupo ou indivíduo, ou seja, sua cor, traços, etc… .
Preste atenção que ela não fala em FENÓTIPO de bandido e sim ESTEREÓTIPO, o que faz toda a diferença, tanto que ela utilizou a impossibilidade do réu se beneficiar da dúvida de erro de reconhecimento (que vive ocorrendo com pessoas negras) para negar a tese da defesa e inclusive condenar o réu… . Se fosse racista teria acatado a tese do erro de reconhecimento sem dizer nada e livrado a cara do “príncipe”.
Entender e discutir RELAÇÕES RACIAIS não é para principiantes…