A Universidade Estadual Paulista (Unesp) suspendeu o vestibular de meio de ano, com provas normalmente em maio, para selecionar 360 alunos de nove cursos de graduação em engenharia nos campi de Bauru, Ilha Solteira, Registro, São João da Boa Vista e Sorocaba, no interior de São Paulo. Assim que assumiu o governo de São Paulo, João Dória (PSDB) reteve R$ 42 milhões que já estavam programados para a Unesp, assim como de outras universidades públicas paulistas.
Essas vagas, a partir do processo seletivo de 2019, passarão a ser oferecidas no final do ano, com início das aulas tanto em fevereiro, como em agosto.
Segundo a Unesp, o número de ingressos no meio do ano representa apenas 5% do total de vagas da universidade, mas os gastos com logística e operação para a realização de exames eram praticamente iguais nos dois períodos do ano.
A Universidade Estadual Paulista estuda formas alternativas de ingresso, como um melhor aproveitamento da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a busca de talentos entre participantes de olimpíadas estudantis e bolsistas de iniciação científica no ensino médio.
Com os pagamentos do 13º salário dos servidos em atraso, a universidade informou que busca o reequilíbrio orçamentário e financeiro. A Unesp conseguiu a antecipação, em caráter emergencial, de R$ 130 milhões do repasse financeiro relativo às dotações orçamentárias de 2019 para honrar os pagamentos aos funcionários.
Houve negociação com o governo estadual e concordância dos reitores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp).
Pelo acordo, está previsto o recebimento de R$ 65 milhões em fevereiro, o que possibilitará o crédito de 50% do 13º salário em atraso, a ser pago no próximo dia 25. A segunda parcela, que totaliza R$ 65 milhões, será paga no mês de maio.
A instituição informou que a falta de orçamento para a folha de pagamento vem sendo um problema de alta complexidade, com déficit de cerca de R$ 175 milhões. (Da Agência Brasil e Carta Campinas)