Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi preso hoje (19), em São Paulo, pela Polícia Federal (PF) na 60ª fase da Operação Lava Jato. Ele fará, ainda hoje, exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Essa é a terceira prisão de Paulo Preto, que foi solto duas vezes pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
O ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) também foi alvo de mandado de busca e apreensão por lavagem de dinheiro. Segundo a investigação, “por intermédio da offshore Klienfeld Services Ltd, a Odebrecht transferiu € 275.776,04 (euros) para a conta controlada por Paulo Preto, em nome da offshore Grupo Nantes, na Suíça”(…)a partir da referida conta de Paulo Preto, foi solicitada a emissão de cartão de crédito, vinculado à sua conta, em favor de Aloysio Nunes Ferreira Filho”. O dinheiro da conta suíça, controlado por Paulo Preto, era, dizem os promotores, usado pelo ex-ministro tucano.
A remoção de Paulo Preto para a sede da PF, na Lapa, zona oeste de São Paulo, está prevista para o início da tarde. Ele será mantido na carceragem até sexta-feira (22). Posteriormente, Paulo será levado para Curitiba, onde permanecerá detido.
Paulo é apontado como operador de esquemas que envolvem o PSDB e um complexo esquema de lavagem de dinheiro de corrupção praticada pela Odebrecht entre 2007 e 2017. As transações superam R$ 130 milhões, saldo de contas controladas por Paulo Preto, na Suíça, no início de 2017.
Ações penais
Ele é réu em duas ações penais envolvendo as obras do Rodoanel Sul e do Sistema Viário de São Paulo. A ação que julga o crime de peculato, ou seja, desvio de dinheiro público, foi anulada em liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes, do Superior Tribunal Federal (STF), no último dia 13.
Nessa ação, Paulo Vieira de Souza foi preso duas vezes. Logo após a denúncia, ele foi detido por ameaçar uma ré colaboradora. Ele usa tornozeleira eletrônica.
A segunda ação, de crime por formação de cartel no Rodoanel Sul e no Sistema Viário de São Paulo, está na fase em que testemunhas de defesa são ouvidas. (Com informações da Agência Brasil e 247)