Os jornalistas Gilberto Dimenstein,do Catraca Livre, e Bernardo Mello Franco, do O Globo, sintetizaram o pensamento e a quantidade de indícios fortes que mostram a ligação da Família Bolsonaro com o crime organizado praticado por milícias. Veja algumas dessas ligações e depois um vídeo de Bolsonaro defendendo os criminosos:
- Flávio Bolsonaro foi contra uma CPI das Milícias na Assembléia Legislativa.
- Foi o parlamentar mais votado na favela Rio das Pedras, base do escritório do crime
- Seu gabinete empregava a mãe e a mulher de Adriano Magalhães, apontado como suspeito da morte da vereadora e um dos chefões das milícias.
- Queiroz trabalhou com Adriano Magalhães e tentou ajudá-lo quando estava na prisão, empregando a mulher e a mãe no gabinete.
- Quando teve de se esconder, Fabrício Queiroz escolheu a favela de Rio das Pedras.
- Para reforçar essas ligações, está voltando a circular esse vídeo de Jair Bolsonaro elogiando as milícias. Veja o vídeo estarrecedor:
Bernardo Mello Franco, colunista de O Globo, mostrou em um artigo várias frases de Jair Bolsonaro sobre as milícias. Bolsonaro já disse que considera um roubo os impostos cobrados pelo Estado, mas é a favor das milícias que extorquem comerciantes, empresários e população para arrecadar recursos. Além de cometer assassinatos, tortura e todo tipo de violência contra quem discorda. Vej as frases de Bolsonaro:
“Enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio”, afirmou.
O capitão pregou a adoção de uma “rígida política de controle da natalidade”. Sem isso, seria “baboseira” investir em escolas e hospitais públicos. “Chega de vaselina, de baboseira, de falar em educação, em saúde, porque essa não é a nossa realidade primeira”, disse.
Dois meses depois do discurso, o mecânico Gérson Jesus Bispo foi assassinado por denunciar a atuação do esquadrão da morte a uma missão da ONU. Ele acusava policiais militares de torturar e matar seu irmão.
Em dezembro de 2008, Bolsonaro elogiou a atuação das milícias no Rio. Ele criticou o relatório da CPI da Assembleia Legislativa que apurou a atuação dos grupos paramilitares. A comissão pediu o indiciamento de policiais, bombeiros e políticos que dominavam favelas. A investigação mostrou que eles lucravam com a cobrança de taxas, a oferta de serviços clandestinos e a venda de apoio político.
“Querem atacar o miliciano, que passou a ser o símbolo da maldade e pior do que os traficantes. Existe miliciano que não tem nada a ver com gatonet, com venda de gás. Como ele ganha R$ 850 por mês, que é quanto ganha um soldado da PM ou do bombeiro, e tem a sua própria arma, ele organiza a segurança na sua comunidade. Nada a ver com milícia ou exploração de gatonet, venda de gás ou transporte alternativo”, disse o deputado.
A defesa das milícias não ficou no passado de Bolsonaro. Em fevereiro deste ano, já como candidato ao Planalto, ele elogiou os grupos paramilitares em entrevista à rádio Jovem Pan.
“Tem gente que é favorável à milícia, que é a maneira que eles têm de se ver livres da violência. Naquela região onde a milícia é paga, não tem violência”, afirmou.