.Por Eduardo de Paula Barreto.

Sem cautela sugam a riqueza
Que dorme latente no chão
E formam podre represa
Com os rejeitos da exploração
Que como lago de lama
Por liberdade reclama
Até romper as barreiras
E à destruição se entrega
Ao ver no rio Paraopeba
A chance de virar corredeira.
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Mas antes de o lago virar rio
Deixa lágrimas pelo caminho
Lágrimas do choro sombrio
Que no ar de Brumadinho
Formam nuvens de dor
Que assistem ao horror
Da tragédia humana
Que poderia ter sido evitada
Se a vida fosse considerada
Mais valiosa que a lama.
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Quanto vale a vida?
Quanto a vida vale?
Da lama não será extraída
A vida que deixa saudade
Mas quem sabe as lágrimas
Caindo como chuvas mágicas
Façam surgir como alento
Uma barragem de justiça
Que represe toda cobiça
E seja imune a rompimentos.

26/01/2019

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