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MP age rápido contra João de Deus, mas parece lento em relação aos assessores dos Bolsonaro

Há exatos 11 dias o ex-motorista e assessor do deputado Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, está desaparecido da imprensa. Sim desaparecido da imprensa, não da Justiça. Nenhuma movimentação ou pedido de prisão foi feito contra ele, apesar das inúmeras denúncias divulgadas e subsidiadas pelos relatórios do Coaf (Conselho de Controlde de Atividades Financeiras) e também por informações de falsos assessores.

(foto marcelo camargo e facebook)

Já em relação ao médium João de Deus, a ação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) foi rápida na tentiva de elucidar o caso.  O MP de Goiás informou que desde sábado, 15, o médium João de Deus já era considerado foragido da Justiça. Ontem, ele já se entregou. Segundo o MP, ele foi procurado em todos os endereços possíveis nas 24 horas seguintes à ordem de prisão.

Não só o MP de Goiás, até o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) criou há uma semana uma força-tarefa com seis promotores e uma equipe de apoio para apurar denúncias de abusos sexuais do médium João de Deus.   O objetivo do MP de São Paulo foi facilitar as denúncias  e encaminhar para os promotores do local onde elas moram.

Já em relação aos assessores dos Bolsonaro nada de grande repercussão foi feito até o momento. Nenhum dos asessores foi preso ou pedida a prisão.

Além de quase nenhuma ação, há informações sem explicação. Não se sabe ainda por que o filho de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, não foi preso na operação Furna da Onça, que prendeu vários deputados da Alerj que desviavam dinheiro público por meio dos assessores da Assembleia.

Reportagem da Carta Capital, sobre o corpo-mole do MPF diz:

“Desde que Queiroz virou notícia, em 6 de dezembro, o MPF já divulgou duas notas a dizer que o documento que complica o amigo e colaborador bolsonarista foi enviado “espontaneamente” ao órgão pelo  Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf. Ou seja, o MPF fez questão de deixar bem claro que não pediu nada.

O MPF não havia feito nada com o relatório do Coaf e foi só depois que o caso Queiroz veio a público, que decidiu mandou a papelada ao MP do Estado do Rio, para este examinar se cabia agir”


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