Poderá ser visto na próxima quarta-feira (5), às 20h, no Teatro do Sesc Campinas o monólogo “O Subnormal: Uma História de Baixa Visão” que narra a história de superação do ator Cleber Tolini que descobriu um tumor no cérebro aos 24 anos. Na cirurgia para retirada do tumor, o nervo ótico foi afetado e hoje ele tem 20% de visão, também chamada de subnormal ou baixa visão.
Sob a direção geral de Djalma Lima e direção de movimento de Lena Roque, o espetáculo, com pitadas de humor, tem a história contada de um jeito leve, apesar da temática dura. “A gente chama de comédia-depoimento. Era a minha história e eu queria encená-la. Sempre tive vontade de relatá-la para outras pessoas, mas não como um stand-up, e esse foi o jeito que achamos. Da mesma forma, queria uma coisa mais leve, mas que não deixasse de passar a informação”, conta Cleber Tolini.
Mesmo ao chamar a atenção pelos momentos engraçados, o monólogo toca em assuntos que cercam as pessoas, como a imprevisibilidade das deficiências e o quanto elas podem aparecer na vida de qualquer pessoa. “É uma história real, que poderia ter acontecido com qualquer pessoa. Ela é empática e divertida, porque eu acho a vida divertida. O espetáculo traz ao público o entretenimento, mas também aborda informações importantes. Também quero passar a ideia de que todo mundo tem uma boa história para contar”.
A entrada é gratuita (retirada de ingressos na Ilha de Atendimento a partir de 2 horas antes do início da atividade) e faz parte de uma série de atividades artísticas em diferentes linguagens que serão realizadas no Sesc Campinas até o dia 9 de dezembro integrando a Semana Modos de Acessar, ação promovida pelas unidades do Sesc de São Paulo em sintonia com o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro.
A programação em Campinas traz diversos espetáculos (monólogo O Subnormal: Uma História de Baixa Visão, Slam do Corpo, do Corposinalizante; além da apresentação do coral Vozes de Angola), contações de histórias (Contos, Cantos e Encantos, com Aura Ribeiro), oficina (Costura Inclusiva: Costurando Histórias, com Zina Leal), bate-papos (Fotografia Cega, com João Maia, e Aventuras dos sentidos, com Artur José Squarisi de Carvalho e Benedito Franco Leal Filho), vivências (Fotografia Cega: O Light Painting, com João Maia) e intervenções (Pequeno Príncipe Sensorial, com o Grupo Sensus).
“Trata-se de uma série de atividades com viés educativo acerca dos mecanismos de acessibilidade na prática, que incentivam o protagonismo das pessoas com deficiência, com condições para sua inclusão em todos os aspectos: cultural, esportivo, educativo e cidadão. As reflexões e as ações caminham para a transformação de barreiras físicas em acessos possíveis, muros de comunicação em fluidez, além dos avanços tecnológicos, visando fortalecer o direito à cidade, com autonomia, inclusão e diversidade”, destaca Valquiria Pinheiro, programadora cultural do Sesc Campinas. (Carta Campinas com informações de divulgação)