Os filhos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL-RJ), os irmãos Flávio Bolsonaro (PSL) e Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), prestaram homenagens na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e na Câmara dos Vereadores, respectivamente, ao policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do gabinete de Flávio, deputado estadual, revela reportagem da Folha de S.Paulo.
Fabrício foi delatado por seu banco ao Coaf por transações financeiras suspeitas. Entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, ele movimentou R$ 1,2 milhão em uma conta.
De acordo com o Coaf, ele não tinha renda nem patrimônio compatíveis com a movimentação. Além disso, Fabrício sacou, no mesmo período, cerca de R$ 320 mil em agências bancárias. No caixa que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, retirou R$ 159 mil.
O relatório do Coaf apontou que entre os beneficiários de Fabrício está a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que recebeu um cheque de R$ 24 mil. Procuradoros pelo Estadão, que revelou a movimentação suspeita, Flávio Bolsonaro, Jair Bolsonaro e a esposa Michelle não deram justificativas para o cheque. Flávio limitou-se a admitir que tem relação de amizade e confiança com Fabrício há cerca de uma década.
Segundo a Folha, em 2003, então deputado estadual do PP, Flávio apresentou uma menção de louvor àquele que viria a ser seu motorista nestes termos: “Com vários anos de atividade este policial militar desenvolve sua função com dedicação, brilhantismo e galhardia. Presta serviços à Sociedade desempenhando com absoluta presteza e excepcional comportamento nas suas atividades”. Em 2006, foi a vez de Carlos fazer aprovar um requerimento para conferir a Queiroz a Medalha de Mérito Pedro Ernesto (Com informações da Folha e GGN)