O jornal inglês The Guardian, que está prestes a completar 200 anos de fundação, manchetou que o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, escolheu um novo ministro das Relações Exteriores que acredita que a mudança climática é parte de uma trama de “marxistas culturais” para sufocar as economias ocidentais e promover o crescimento da China.
Impressionado com a escolha, a notícia diz que o Ministério das Relações Exteriores será encabeçado por um homem que afirma que a ciência do clima é meramente “dogma”. Em seu blog, Ernesto Araújo, o ministro de Bolsonaro, afirma que seu objetivo é “ajudar o Brasil e o mundo a se libertarem da ideologia globalista”, que ele considera anti-cristã.
O diplomata de 51 anos de idade – que nunca serviu como embaixador no exterior – afirma que políticos esquerdistas não identificados sequestraram o ambientalismo para servir como uma ferramenta para o domínio global.
O jornal lembra que Ernesto Araújo era até recentemente um funcionário de nível médio que escreve em um blog sobre a “criminalização” da carne vermelha, petróleo e sexo heterossexual. Agora o funcionário de nível médio se tornará o principal diplomata do maior país da América do Sul, representando 200 milhões de pessoas e a maior e mais biodiversa floresta da Terra, a Amazônia.
Para o The Guardiam, a nomeação, confirmada por Bolsonaro na quarta-feira, vai causar um arrepio no movimento climático global. O jornal também lembra a importante EC0-92. O Brasil foi onde a comunidade internacional se reuniu pela primeira vez em 1992 para discutir reduções nas emissões de gases de efeito estufa.
O jornal ressalta que os diplomatas brasileiros nas últimas décadas têm desempenhado um papel crucial na redução do fosso entre nações ricas e pobres, particularmente durante a construção do acordo de Paris em 2015. (Veja notícia no The Guardian)
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