O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann rebateu as críticas de entidades de delegados do Rio de Janeiro contra a abertura de investigação paralela da Polícia Federal (PF) sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Em nota divulgada no início da noite, o ministro afirmou que “em nenhum momento identificou os agentes públicos que poderiam estar envolvidos com uma possível rede de proteção a criminosos”.
Jungmann disse ter informado os termos da determinação da Procuradoria-Geral da República para que a Polícia Federal investigasse essa possibilidade, “a partir de denúncias graves obtidas pelo Ministério Público Federal”. Ele esclareceu que a medida não configura a federalização das investigações dos assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes, que continuam a cargo das autoridades policiais estaduais.
Ontem (1º), Jungmann tinha informado que o Ministério Público Federal obteve dois depoimentos com denúncias de que uma organização criminosa teria atuado para desviar as investigações e dificultar a identificação dos autores e dos mandantes do assassinato. Ele esclareceu que a Polícia Federal vai entrar no caso a pedido da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (2), o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindelpol-RJ) e a Associação dos Delegados de Polícia (Adepol-RJ) fizeram como os políticos que desqualificam as delações: afirmaram que estão “dando maior credibilidade à palavra do referido criminoso em detrimento de agentes do Poder Público de notória história de combate à criminalidade”. Marielle e Anderson foram assassinados em março deste ano e a Polícia do Rio não esclareceu o caso até hoje. (Da Agência Brasil)
É obvio (ululante???) que houve entraves à investigação no caso Marielle. O carro foi identificado, o horário do crime, a perseguição às vítimas, etc. A PF já deveria ter iniciado a investigação há mais tempo, só assim, forçaria um maior empenho dos órgãos estaduais de polícia.