Reportagem publicada pelo site The Intercept Brasil mostra que o futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional do futuro governo de Jair Bolsonaro e um de seus principais aliados, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, conhecido como general Heleno, foi condenado pelo Tribunal de Contas da União, o TCU, em 2013 por autorizar convênios ilegais que custaram R$ 22 milhões ao governo – e favoreceram militares conhecidos seus.
Segundo a reportagem, quando era chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Heleno autorizou dois convênios para a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, que ocorreram em 2011 no Rio de Janeiro.
Os acordos, de mais de R$ 22 milhões, ainda segundo a reportagem, foram feitos com duas entidades sem fins lucrativos: a Fundação Ricardo Franco, a FRF, que dá apoio ao Instituto Militar de Engenharia, e o Instituto de Fomento e Inovação do Exército Brasileiro, o Ifiex.
“Com a Fundação Ricardo Franco, general Heleno assinou um acordo de R$ 19,5 milhões “para dar suporte técnico e administrativo” para a realização dos Jogos Militares, com desenvolvimento de serviços de engenharia de computação e de comunicações. A intenção era aprimorar um sistema de controle “desenvolvido para ser usado em ambiente hostil” – em outras palavras, prestar serviços de tecnologia da informação. No acordo, no entanto, não fica clara qual é a necessidade desse tipo de sistema complexo em um contexto de jogos esportivos, e nem por que os Jogos seriam um ambiente hostil”, diz a reportagem. Veja texto completo de Eduardo Goulart de Andrade