Alckmin, Donizette e Sylvino Godoy (foto luiz grazotto pmc)

O empresário área de comunicação, Sylvino de Godoy, proprietário do Grupo RAC – empresa que publica os jornais Correio Popular, Notícia Já e Revista Metrópole, foi detido, na manhã desta quinta-feira (22), em Campinas.

A detenção ocorreu na 3ª Fase da Operação Ouro Verde do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, com o apoio do Baep (Batalhão de Operações Especiais da PM).

Segundo informações, o empresário, que se recupera de uma cirurgia, passou mal no momento da prisão e foi encaminhado para o Hospital da PUC-Campinas, onde permanece internado com a escolta da polícia.

Alguns vereadores de Campinas já tentaram instalar uma CPI para apurar irregularidades sobre o escândalo da OS Vitale Saúde no Hospital Ouro Verde, mas a maioria dos vereadores bloqueram a investigação. Veja os nomes dos que impediram a investigação.

O Gaeco já tinha gravado Sylvino em outra operação do Gaeco em ligação telefônica ao diretor da Vitale, Ronaldo Foloni, em conversas que teriam confirmado as suspeitas levantadas pela investigação.

Gravações revelam que jornal pressionou para OS Vitale Saúde assumir Hospital Ouro Verde

Ele é suspeito de fazer a intermediação da contratação de seu filho, Gustavo Godoy, pela Organização Social Vitale, que administrava o Hospital Ouro Verde. A contratação de Gustavo, que também teve um mandado de prisão expedido, ocorreu com um salário maior do que o padrão para o cargo. Em troca, Sylvino teria de publicar nos veículos de comunicação que comandava as notícias boas sobre a Vitale Saúde e evitar informações negativas.

Além de Sylvino, o secretário de Assuntos Jurídicos da prefeitura de Campinas, Silvio Bernardin, também teve prisão decretada. Os promotores do Gaeco fizeram buscas em seu gabinete na prefeitura comandada por Jonas Donizette (PSB), na manhã desta quinta-feira. Bernardin teria interferido para a contratação da Vitale.

Segundo a prefeitura, o secretário de Assuntos Jurídicos pediu exoneração. Em nota, o governo alega que a demissão ocorreu para que o agora ex-secretário possa fazer a sua defesa.