As eleições 2018, que elegeram o candidato Jair Bolsonaro (PSL), além dos governadores de 13 estados e do Distrito Federal, ocorreu em clima de tranquilidade, apontando um baixo número de ocorrências irregulares em todo o país.
“As eleições neste segundo turno ocorreram de um modo muito mais tranquilo que no primeiro turno”, declarou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao visitar o Centro Nacional de Segurança Pública, em Brasília.
Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, com dados parciais repassados pelos estados, até as 17 horas, foram registradas 1.002 ocorrências, contra 3.251 do primeiro turno, o que equivale a uma redução de 69%. Foram executadas 126 prisões – contra 929 no primeiro turno. As ocorrências mais comuns registradas hoje foram boca de urna (107), propaganda irregular (43) e impedimento ou embaraço ao voto (41).
Fake news
Ao comentar o transcurso da votação, o ministro da Segurança, Raul Jungmann, afirmou que o impacto das chamadas noticias falsas (fake news) foi minimizado pela atuação rápida das autoridades policiais.
“Aquele grande movimento fraudulento praticamente deixou de existir. Nossa mensagem de que não há nem impunidade, nem anonimato nas redes sociais chegou àqueles que, de má-fé, estavam procurando criar embaraços e desfazer a credibilidade do sistema e das urnas eleitorais.”
Jungmann lembrou que, quando acionada pela Justiça Eleitoral, a Polícia Federal (PF) foi capaz de investigar, identificar e alcançar todos os suspeitos de disseminar notícias falsas. Aspecto também enfatizado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. “As fake news, especialmente as divulgadas no dia do primeiro turno, foram investigadas. E os que tentaram atentar contra a democracia estão sendo responsabilizados. Hoje, isso já não surgiu mais”, disse Toffoli.
“[Entre as grandes democracias] Só a Índia, os Estados Unidos e a Indonésia têm maior numero de eleitores que o Brasil, com 148 milhões de eleitores. Não há eleições mais seguras, mais tranquilas, que as brasileiras. Somos nós quem fazemos as eleições mais transparentes. São mínimas as ocorrências registradas. Nenhuma de grande monta”, disse Toffoli.
A Advocacia-Geral da União (AGU) deixou 300 defensores públicos em regime de plantão, mas, segundo a advogada-geral, Grace Mendonça, a demanda foi “extremamente singela”.
“Atuamos apenas em quatro ações judiciais que questionaram o processo eleitoral, mas nenhuma delas capaz de criar qualquer embaraço ao processo eleitoral. Portanto, os números já apresentados revelam o resultado positivo desse esforço conjunto das instituições“, afastando os questionamentos do primeiro turno em relação à lisura do processo. (Alex Rodrigues – Ag. Brasil)