Ícone do site CartaCampinas

13º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo homenageia Jeferson De e Inés Efron

ASTRACÃ, Victoria Vic

Em São Paulo – Celebrando sua 13ª edição no período de 25 de julho a 1º de agosto, o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo tem como homenageados o brasileiro Jeferson De e a atriz radicada na Argentina Inés Efron.

O festival reúne os destaques da produção mais recente feita na América Latina e no Caribe, incluindo vários títulos inéditos no Brasil. No total, são exibidos 77 filmes, representando 11 ​países da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, México, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

A Seção Contemporâneos traz produções inéditas no Brasil, longas brasileiros em première mundial e a segunda edição do Foco Chile, com convidados daquele país.

A Mostra Escolas de Cinema Ciba Cilect apresenta trabalhos das mais importantes instituições audiovisuais da região, em competição que tem no júri as cineastas Camila de Moraes e Heloísa Passos, e o curador André Fischer.

Com curadoria e direção assinadas por Jurandir Müller e Francisco Cesar Filho, o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo é uma realização do Memorial da América Latina, da Secretaria de Estado da Cultura, da Associação do Audiovisual e da PaleoTV.

Uma iniciativa do Ministério da Cultura / Lei Federal de Incentivo à Cultura, o evento é uma correalização do Sesc São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil e do Instituto CPFL.

Mais informações podem ser acessadas no website do festival e na fanpage oficial do evento

Sessão de abertura

Inédito no Brasil, “Correndo Atrás” é a atração de abertura do 13º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, em sessão ao ar livre, no dia 25/07, às 19h30, no Memorial da América Latina.

A obra é dirigida por Jeferson De e tem elenco e equipe técnica com nomes majoritariamente compostos por profissionais negros.

No longa-metragem, uma dupla composta por um talentoso jogador de futebol e seu improvisado empresário experimentam, em meio a trapaças, um redemoinho de esperanças, altos, baixos e muito bom humor.

A obra traz o ator Aílton Graça em seu primeiro papel de protagonista no cinema, ladeado por Juan Paiva, Juliana Alves, Francisco Gaspar, Hélio de LaPeña, Tonico Pereira, Rocco Pitanga, Lellezinha e Lázaro Ramos.

“Correndo Atrás” teve lançamentos internacionais nos festivais Pan African de Los Angeles e African Film Festival de Nova York, nos quais mereceu elogios.

Autor de um pioneiro manifesto “Dogma Feijoada”, Jeferson De é um dos homenageados do festival, que organiza uma retrospectiva de seus filmes e um debate sob o tema “A Criação Audiovisual nos Filmes Afrodescendentes Brasileiros” (no dia 27/07, às 19h00, no Memorial da América Latina).

A Redenção, Herib

Contemporâneos

Exibido em première internacional no festival, o paraguaio “A Redenção” (87 min, 2018) se passa em 1991, quando um ex-combatente da Guerra do Chaco descobre que tem uma doença terminal, no mesmo dia em que recebe a visita de uma jovem neta de um ex-colega desaparecido há muitos anos. O diretor do filme, Herib Godoy, é considerado um dos cineastas mais promissores de seu país.

Outra produção do Paraguai, “A Seleção do Presidente da República pelos Internos do Manicômio Nacional” (70 min, 2018) é sobre a sociedade transparente que se torna apática. No filme, um Ministério do Interior utiliza internos de vários manicômios para auscultar a sociedade e descobrir anseios, tensões, frustrações. O diretor José Eduardo Alcazar já participou diversas vezes do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.

Keyla, Viviana Echeverry

Exibido nos importantes festivais como Cartagena de Indias e Varsóvia, o colombiano “Keyla” (90 min, 2017) focaliza uma adolescente que mora em uma pequena ilha. Como seu pai, pescador, não retorna do mar, ela parte em sua procura e, ao mesmo tempo, recebe uma visita inesperada: a ex-mulher do pai vem da Espanha com seu meio-irmão. O filme é inédito no Brasil e sua diretora Viviana Gómez Echeverry está presente no festival e participa do debate Cinema da Vela Especial – “O Cinema no Feminino” (31/07, às 19h30, no Cinesesc).

Em “Mulheres do Caos Venezuelano” (Venezuela/França, 83 min, 2017), a diretora Margarita Cadenas desenha um retrato de uma sociedade caótica e nos apresentam ao pulso dessa população em perigo. Abrangendo diferentes origens e idades, essas mulheres representam uma espécie de barômetro da situação daquele país. O filme foi selecionado para festivais da Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, Suíça e França, sendo inédito no Brasil.

Selecionado para o Festival de Berlim, “Os Fracos” (México, 65 min, 2017), acompanha uma jornada de vingança em pleno território hostil da costa pacífica mexicana por parte de um rapaz cujo cachorro querido foi morto após uma discussão com um garoto de uma gangue. O filme é inédito no Brasil e seus diretores Raúl Rico e Eduardo Giralt Brun têm presença confirmada em São Paulo.

Tendo no elenco Cesar Troncoso (conhecido por longas e séries brasileiras) “Outra História do Mundo” (Uruguai/Brasil/Argentina, 110 min, 2017), deu ao ator o prêmio de interpretação no festival de Miami. O roteiro se passa numa cidade fronteiriça, nos estertores da ditadura militar. Nela, dois amigos decidem zombar do explosivo coronel local, sequestrando seu bem mais precioso (uma coleção de anões de jardim) e lendo na rádio uma declaração libertária. O filme tem direção de Guillermo Casanova e é inédito no Brasil. Cesar Troncoso participa do encontro “Núcleos Criativos”, no dia 31/07, às 13h00, no Cinesesc.

Selecionado para o Festival de Toronto e inédito no Brasil, o argentino “Tigre” (92 min, 2017), de Silvina Elena Schnicer e Ulises Porra Guardiola, acompanha Rina, que retorna à sua ilha nas profundezas do delta dório Tigre. Lá, quer recuperar sua casa e se reencontrar com Facundo, que também deixou a ilha. Mãe e filho descobrirão que tudo mudou: máquinas fluviais tentam arrasar tudo.

Eleito melhor filme no Festival de Morélia e inédito no Brasil, o mexicano “Urso Polar” (México, 70 min, 2017), de Marcelo Tobar, acompanha três amigos que partem a uma reunião de reencontro com colegas de escola. No caminho, eles recordam os velhos tempos, até que Gradualmente é retomado o bullying que acontecia em torno de um deles quando crianças. Será que, 25 anos depois, a vítima irá revidar?

Contemporâneos – Foco Chile

“Dry Martina” (Chile/Argentina, 97 min, 2018) focaliza uma cantora argentina famosa no final dos anos 1990, atualmente esquecida. A chegada de um jovem casal de chilenos fará com que tudo mude: uma fã que está convencida de que são irmãs, e César, que com um olhar lhe devolve o desejo. A obra é inédita no Brasil e já esteve selecionado pelos festivais de Tribeca, Bafici e Valdívia. O diretor Che Sandoval tem presença confirmada em São Paulo.

Consagrado diretor chileno, o cineasta Silvio Caiozzi vem a São Paulo apresentar sua nova produção, “E de Repente o Amanhecer” (Chile, 195 min, 2018). O enredo acompanha um escritor de artigos sobre espetáculos da capital que volta à sua cidadezinha natal na Patagônia, 45 anos depois de ter fugido de lá. Lá, tentará desenvolver contos “vendáveis” sobre essa zona do fim do mundo. Mas, cercado pelos seus velhos amigos, enfrentará o seu passado e deixará de lado o fingimento.

Exibido em festivais com Havana e Huelva, o inédito no Brasil “Meninas Aranha” (Chile, 94 min, 2017) focaliza três adolescentes marginais que sonham em conseguir tudo o que é oferecido pela televisão e pelas vitrines comerciais. Para tanto, decidem escalar prédios num bairro de classe alta e aproveitar as coisas que outras pessoas têm. Neste processo acabam ficando famosas e se transformam em heroínas e vilãs pós-modernas do submundo do espetáculo. O diretor do filme, Guillermo Helo, tem presença confirmada em São Paulo.

Exibido em Toronto e San Sebastián, entre outros festivais, “Princesinha” (Chile/Argentina/Espanha, 78 min, 2017), se passa em um país remoto onde mora uma menina de 12 anos. Durante um verão, ela tomará conhecimento da missão da sua vida: ter um filho santo. A diretora Marialy Rivas (que já foi vencedora no Sundance Festival em 2012 com “Joven & Alocada”) vem a São Paulo apresentar o filme, que é inédito no país.

Contemporâneos – Brasil

Em primeira exibição mundial, “Astracã” (Brasil, 72 min, 2017), de Victória Vic, propõe uma releitura do mito de origem do canto das sereias. O enredo acompanha pérolas com uma pequena mutação que ressurgem num litoral do Atlântico Sul e um jovem beatnik é chamado para leva-las de volta a seu lugar de origem. A diretora, em sua estreia, assina também a concepção sonora, roteiro e montagem.

“Como Fotografei os Yanomami” (Brasil, 72 min, 2018) visita os indígenas Yanomami, para os quais estar doente é ter sua imagem agredida. Para resgatá-la, os xamãs fazem seus rituais de cura. Mas para os enfermeiros que chegam às aldeias, as doenças e os remédios são outros. O filme ganha sua primeira projeção mundial e seu diretor Otávio Cury é responsável por títulos como “Cosmópolis”, “Expedicionários” e “Constantino”.

Em “Fôlego” (Brasil, 85 min, 2018), o diretor Renato Sircilli gravou quatro anos da vida de um amigo, buscando flagrar alguma catarse. Até que a mãe do amigo morreu e não deixou nenhum vestígio em vídeo. O filme é exibido em première mundial e segundo o autor, é uma obra para se afastar do medo do esquecimento.

“Nelson Felix – Método Poético para Descontrole de Localidade (Brasil, 70 min, 2018) registra como a partir do encontro entre o artista plástico Nelson Felix e o cineasta Cristiano Burlan nasce o desejo de um diálogo entre o cinema e as artes plásticas. Burlan é diretor de filmes premiados, como “Mataram meu Irmão” e “A Mãe”. O filme é exibido em première mundial.

“O Caso do Homem Errado” (Brasil, 77 min, 2017) aborda o caso do jovem operário negro Júlio César de Melo Pinto, que foi executado pela Brigada Militar (a polícia militar gaúcha), nos anos 1980, em Porto Alegre. O crime ganhou notoriedade após a imprensa divulgar fotos de Júlio sendo colocado com vida na viatura e chegar, 37 minutos depois, morto a tiros no hospital. A diretora do filme, Camila Moraes, participa do debate “A Criação Audiovisual nos Filmes Afrodescendentes Brasileiros”, no dia 27/07, às 19h, no Memorial da América Latina.

Protagonizado por Débora Duboc e Leonardo Medeiros, o inédito “Onde Quer que Você Esteja” (Brasil, 101 min, 2018) gira em torno de um programa radiofônico no qual pessoas tentam se comunicar com parentes e amigos desaparecidos. Nos bastidores do programa diversas histórias de vida cruzam e transformam-se. Os diretores Bel Becha e Sandro Serpa assinam curtas-metragens e documentários de longa-metragem que receberam cerca de 40 prêmios em festivais brasileiros e internacionais. Uma das exibições do longa é feita com recursos de acessibilidade – e acontece em 29 de julho (domingo), às 14h, no Centro Cultural Banco do Brasil.

Em “Outras Derivas” (Brasil, 50 min, 2017), artistas se reúnem em torno de uma mostra de artes integradas na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo, para criarem suas obras a partir das margens do rio Tietê. Nesse cenário, o documentário propõe uma reflexão sobre os procedimentos de criação compartilhados pelas linguagens da dança, do teatro, do desenho e do cinema. A produção, em pré-estreia mundial, tem direção assinada por Babi Fontana e Victor Costa.

Novo filme do cineasta paulista Francisco Garcia (do internacionalmente premiado “Cores”), “Borrasca” (Brasil, 75 min, 2017) tem sua primeira projeção em São Paulo. O roteiro é de Mário Bortolotto – também parte do elenco, ao lado de Eldo Mendes – fala de amizade, traição, amor, morte e decisões que precisam ser tomadas.

“A Mata Negra” (Brasil, 98 min, 2018), do cultuado diretor capixaba Rodrigo Aragão, considerado um dos maiores nomes do cinema de horror nacional. O enredo gira em torno de uma jovem sonhadora que muda sua vida ao encontrar numa floresta do interior do Brasil o Livro Perdido de Cipriano, repleto de magia negra, que lhe concede poderes, mas que também pode liberar um mal sobre a terra. No elenco estão Jackson Antunes, Clarisse Pinheiros, Carol Aragão e Francisco Gaspar.

Tunga

Atração da cerimônia de encerramento do festival (em 1/08, às 20h00, no Cinesesc), o inédito “Tunga, o Esquecimento das Paixões” (Brasil, 76 min, 2018) é uma interpretação do trabalho e da vida do artista Tunga a partir de fragmentos de suas performances, instalações e obras. Com material diversificado, a começar pela pirâmide do Louvre, registra o universo criativo e afetivo de um dos maiores artistas plásticos da contemporaneidade. Segundo seu diretor Miguel de Almeida, antes de ser um documentário, trata-se de uma espionagem levada a cabo sem medo de autoincriminações.

Homenagem Jeferson De

Grande vencedor do Festival de Gramado, onde conquistou os prêmios de melhor filme, direção, ator, montagem e trilha musical, “Brodér” consagrou o diretor Jeferson De. O enredo acompanha três amigos de infância que planejam se reencontrar por um dia, no aniversário de um deles, para reafirmar sua amizade e brigar por suas diferenças. No elenco estão Caio Blat, Jonathan Haagensen, Silvio Guindane, Cássia Kiss, Aílton Graça e Eduardo Acaiabe.

“O Amuleto” (Brasil, 90 min, 2015) marca a inclusão no gênero fantástico. Na Floresta da Cabana, adjacente à praia, são encontrados dois corpos. Uma jovem está desaparecida. Durante o depoimento de outra jovem da turma, ela se lembra que, na noite anterior, havia ido com os três amigos para uma festa na floresta, mas se perderam no caminho. No elenco estão Bruna Linzemeyer e Maria Fernanda Cândido.

No curta-metragem “Carolina” (Brasil, 14 min, 2003), o cineasta Jeferson De adentra o “quarto de despejo” de Carolina de Jesus e acompanhamos brevemente a trajetória desta mulher negra das ruas até tornar-se uma das principais escritoras brasileiras e uma das maiores porta-vozes da condição dos homens e mulheres negros no Brasil. Zezé Motta está à frente do elenco.

Já em “Distraído para a Morte” (Brasil, 14 min, 2001), o diretor Jeferson De mostra três jovens percorrendo São Paulo, a cidade que se agiganta sobre seus mínimos corpos negros, ao mesmo tempo em que, comicamente, refletem sobre sua condição racial.

Jeferson De partiu de influências da Bíblia para criar “Gênesis 22” (Brasil, 3 min, 1999). No elenco estão Caio Pezzuti, Carlos Acaiabe e João Acaiabe.

Em “Jonas, Só Mais Um” (Brasil, 12 min, 2008), Jeferson De conta a história do assassinato do jornaleiro Jonas Eduardo Santos de Souza, executado ao ser barrado indevidamente na porta de um banco com um tiro no peito pelo segurança da agência, no centro do Rio de Janeiro, em 2006.

No curta-metragem “Narciso RAP” (Brasil, 15 min, 2003), Jeferson De volta suas câmeras para um jovem que ganha uma “lâmpada mágica” de aniversário, mas descobre que as histórias de gênios talvez sejam verdade. Ao fazer um pedido controverso, ele descobre que o que queremos pode não ser melhor do que o que somos.

Homenagem Inés Efron

“Amorosa Soledad” (Argentina, 82 min, 2008), de Martín Carranza e Victoria Galardi, a protagonista, Soledad, terminou há pouco tempo com seu namorado. Morando sozinha e trabalhando em uma loja de decoração, ela resolve que ficará uns três anos sem qualquer tipo de relacionamento, até conhecer Nicolás…

“Cerro Bayo” (Argentina, 88 min, 2010), de Victoria Galardi, se passa quando está se aproximando a temporada de esqui numa cidadezinha da Patagônia. Mas o ritmo tranquilo do lugar é alterado quando a matriarca de uma família bem peculiar tenta o suicídio. Enquanto ela permanece em coma, suas filhas, genros e netos verão como suas vidas são modificadas a partir do incidente.

Dirigido pela consagrada Lucía Puenzo (do sucesso internacional “XXY”), “O Menino Peixe” (Argentina/França/Espanha, 96 min, 2009) tem como protagonista uma adolescente apaixonada pela empregada da família. A diferença de classe social e a falta de apoio da sociedade em que vivem faz com que cometam um crime para tentar mudar para o Paraguai e começar uma vida juntas. O filme foi selecionado para Berlim, entre outros festivais.

Grande sucesso de bilheteria, “Voley” (Argentina, 109 min, 2015), de Martín Piroyansky, tem como protagonistas cinco amigos, juntos desde a adolescência. Aos 25 anos, eles continuam juntos, embora tenham mais diferenças do que pontos de encontro. Uma festa de fim de ano, no entanto, vai gerar resistências devida a presença de uma nova pessoa no grupo.

Latininhos

Coprodução entre o Brasil e a Espanha, o longa-metragem inédito no Brasil “A Tropa de Trapo na Selva do Arco-Íris” (85 min, 2018), de Alex Colls, mostra a Tropa de Trapo diante da necessidade de ajudar os macacos que estão morrendo de fome devido à destruição de seu habitat. A obra ganha exibição especial no projeto CineClubinho do Cinesesc, no dia 29/07, domingo, às 11h00.

Vencedor do prêmio de melhor animação no Festival de Havana, entre diversos outros prêmios “O Livro de Lila” (Colômbia, 76 min, 2017), de Marcela Rincón, focaliza um personagem de um livro que, de repente, sai do seu mundo de papel e fica presa em um lugar ao qual não pertence. Inédito no Brasil, a obra ganha projeção no dia 28/07 (sábado), às 17h00, no Memorial da América Latina.

Dirigido pelo cineasta vencedor do Oscar Juan José Campanella (de “O Segredo de Seus Olhos”), “Um Time Show de Bola” (Argentina/Espanha, 106 min, 2013) tem como protagonista Amadeo, que desde garoto é aficionado por pebolim, tendo construído seus próprios jogadores. Ao ser desafiado por um garoto arrogante, algo mágico acontece e os bonecos da mesa de jogo ganham vida para ajudar o seu companheiro de grandes jogadas. O longa-metragem é exibido no dia 28/07, às 14h00, no Centro Cultural Banco do Brasil.

Mostra Escolas de Cinema Ciba-Cilect

“A Formidável Fabriqueta de Sonhos Menina Betina” (Brasil, 2017, 7 min), de Tiago Ribeiro, mostra um nascer de uma criança e a inauguração de uma fábrica de sonhos que tende a fracassar com o tempo.

Em “Anotações Sobre Identidade” (Argentina, 17 min, 2018), o diretor Felipe Camargo focaliza como duas jurisdições têm lugar em uma mesma cidade. Chuy (Uruguai) e Chuí (Brasil) fazem parte de um mesmo fluxo conjunto de pessoas e, com elas, culturas, costumes e idiomas.

Já os paralelos entre a vida de um humano e seu peixe são vistos em “Aquária” (Brasil, 2 min, 2018), de Alice Andreoli Hirat.

“A Vida do Enforcado” (Equador, 17 min, 2018), de Luis Mateo Pazmiño, tem como centro um romancista cujo papel em que escreve toma vida e ele precisa enfrentar sua obra para sobreviver.

O diretor Agustín Alvarez passa em uma livraria seu filme “As Crônicas de Boldman” (Uruguai, 10 min, 2017). Nela, uma menina mergulha repetidas vezes no universo de um livro que trata dos últimos momentos da vida de um antigo super-herói.

“Aurora” (Equador, 10 min, 2018), de Anais Delgado, focaliza uma menina que faz aulas de natação e tem uma constante dor de estômago. Com muito medo de que chegue a sua vez de mergulhar, ela cai por acidente na piscina sem saber que está mergulhando em uma metamorfose para a vida adulta.

Em “Cabeças Falantes” (Brasil, 20 min, 2017), de Natasha Rodrigues, a vivência de jovens negrxs em uma universidade pública é abordada através da mistura de situações ficcionais com entrevistas. Trata-se de uma forma de inadequação social que aparenta ser sutil, mas que explode internamente nas cabeças desses sujeitos.

O mexicano “Camareiro” (13 min, 2017), de Fabián León López, focaliza um personagem que precisa ir embora. Não pode dizer nada a ninguém, mas precisa que o ajudem. Precisa só de um pouco de dinheiro e poderá partir para nunca mais voltar.

Em “Caranguejo Eremita” (México, 12 min, 2017), de Alejandro Ramírez Collado, um pescador solitário, depois de cometer um crime, vaga pelos espaços recônditos de uma zona costeira.

Os protagonistas de “Cayo” (México, 15 min, 2018), de Mauricio Tinoco Pérez, são dois irmãos que se reencontram depois de dez anos sem se verem. Porém, a coexistência e a tensão farão ressurgir os fantasmas do passado.

O personagem de “Chanson a Moi (Canção para Mim)” (Costa Rica, 3 min, 2017), de Fátima García, está em um bar, tentando afogar no absinto um amor não correspondido. Esta bebida vai provocar nele uma série de experiências psicodélicas.

A diretora argentina María Liz Siccardi aborda em “Creme do Céu” (15 min, 2017) um rapaz que precisa levar adiante a singular sorveteria que pertencia a seu avô – mas seu irmão menor muda não apenas seus planos, mas também seu modo de ver o mundo.

Em “Deixo-te” (Brasil, 5 min, 2016), do diretor Diogo D’Melo, Mariana vê que o seu relacionamento com Cláudia acabou, mas ainda está presa pelas palavras ditas. Em uma madrugada, ela busca dentro de si livrar-se desses pensamentos ruins.

“Elena” (Costa Rica, 22 min, 2017), de Ayerim Villanueva, focaliza sua protagonista homônima que, diante da rejeição de sua família, deseja experimentar sua própria sexualidade.

Em “É Uma Ficção de Areia” (Argentina, 22 min, 2017), de Ingrid Pokropek, um garoto conta um filme a uma garota. Com seu relato desencontrado, exagerado e às vezes absurdo, o garoto constrói um filme que por fim assumirá sua própria autonomia.

A protagonista de “Eva” (Argentina, 14 min, 2017), de Dana Gómez, é uma mulher trans definida por sua entrega, dedicada a ajudar crianças do bairro, trabalhando como assistente social. Será esta interação entre suas duas facetas que a levará a entender que viver seus ideais pode ser algo muito difícil.

“Faz Frio em Barcelona” (Uruguai, 10 min, 2017), de Ilén Juambeltz, se passa em um aniversário no qual um dos presentes é mais transcendente do que se parece.

“Flores” (Brasil, 17 min, 2017), de Vado Vergara e Henrique Bruch, discute como nos centros urbanos a construção de grandes prédios aquece o mercado mobiliário. Ao mesmo tempo em que condomínios são erguidos nessa área que se valoriza, pessoas são despejadas desses espaços que estavam ociosos.

Em “Invisível” (Colômbia, 27 min, 2017), de Camilo Ardila Cely, um ex-interno sai da prisão para reconstruir sua vida. Mas, ao voltar para seu bairro, irá encontrar um mundo de portas fechadas e decisões difíceis.

Para seu filme “Lena” (15 min, 2018), o diretor brasileiro inspirou-se em Bertold Brecht: “Se o seu pecado foi grave, o sofrimento é grande.”

Em “Ler a Mão” (Colômbia, 20 min, 2017), a diretora Natalia Martínez propões um ensaio audiovisual, uma reflexão através da montagem sobre a autorrepresentação e recriação de si mesmo; uma variação entre as máscaras e o mais profundo do eu.

No mexicano “Luta” (19 min, 2017), de Eddie Rubio, um rapaz retorna ao ginásio de boxe onde cresceu, enfrentando a violência e as lembranças que tentou deixar para trás.

Já no brasileiro “Luta” (5 min, 2017, de Edu MZ Camargo, duas mulheres, de sua janela, encaram o “Golpe”. E quando o silêncio entre elas se torna insustentável, é preciso sair da zona de conforto.

“Luz para Elas” (Cuba, 27 min, 2018), de Celina Escher, Debbie, cantora e compositora sonhadora, e Afíbola, poeta lutadora, duas mulheres afrodescendentes que através da música se libertam dos estereótipos impostos pela sociedade.

Na coprodução entre Argentina e Chile “Memorando” (15 min, 2017), da diretora Jennifer Lara, vive-se a angústia e a escuridão do antigo edifício de uma maternidade através de sua velha estrutura, de seus infinitos corredores.

A partir da chegada de uma novata, seis mulheres compartilham suas experiências, desejos e medos no trabalho com a prostituição. Esse é o enredo do filme brasileiro “Mercadoria” (15 min, 2017), da diretora Carla Villa-Lobos.

Em “Não Passe por San Bernardino” (México, 19 min, 2017), de Hugo Magaña, uma mãe camponesa em pleno luto, irá procurar respostas sobre a morte de seu filho em meio a instituições governamentais e organizações sociais.

Projeto híbrido entre o documentário, a ficção e a animação, “O Conto do Burro Amarelo” (Brasil, 30 min, 2017), de Daiana Mendes, gira em torno de uma garota em busca do retrato de um burro amarelo e com isso resgatar as memórias de seu avô.

“O Dia de Xangô” (Cuba, 17 min, 2017), de Denise Soares, acompanha, à época da morte de Fidel Castro, a protagonista Ana María, que decide voltar à sua aldeia natal no dia de Xangô para se reencontrar com sua irmã mais nova.

“O Homem do Saco” (Brasil, 24 min, 2017), de Christian Savi e Luis Fernando Coutinho, se passa em uma pequena e isolada cidade do interior, onde um rapaz precisa buscar seu irmão caçula. Com o Homem do Saco à espreita e uma criança desaparecida, manter seu irmão a salvo não será fácil.

No filme brasileiro “O Mundo Fora Daqui Não Tem Cor” (19 min, 2017), de Victoria Zanardi, os artistas do Museu de Imagens do Inconsciente, no Instituto Psiquiátrico Nise da Silveira, mostram o que se passa do lado de dentro das grades de um instituto psiquiátrico e quebram a visão estigmatizada do louco como uma ameaça à sociedade.

“Os Últimos Verões” (México, 15 min, 2018), de Ricardo Esparragoza, traz um adolescente introvertido que viaja junto com a família para a casa de praia onde passou todos os verões de sua infância. A casa desmoronou e a família tem intenção de vendê-la.

Apesar de ter intensos sentimentos e pensar vivamente sobre as coisas, Tênis não podia andar, mover-se. Estava fixado, como uma planta estática, aparentemente morta por fora, mas que transbordava vida por dentro. Assim é o enredo de “Par Perfeito” (Brasil, 11 min, 2018, dirigido por Débora Herling.

Em “Pequeno Manifesto Contra o Cinema Solene” (Argentina, 14 min, 2017), de Roberto Porta, uma história trivial de duas pessoas, que se conhecem e passam a noite juntas, é contada do modo poético e solene possível.

O protagonista do brasileiro “Perambulação” (12 min, 2017), de Rafael de Almeida, não consegue dormir e busca estranhos aparatos que o despertarão para uma nova realidade.

“Ransomware” (Brasil, 24 min, 2017), de Matheus Luiz, trata de programas de computador maliciosos projetados para bloquear acesso ao sistema e dados. No filme, uma microempresa tem sua rede de computadores invadida por um vírus desse tipo, expondo seus quatro funcionários a uma jornada exaustiva em um mundo cibernético desconhecido.

“Sarro” (México, 11 min, 2017), de Paul Coronel, tem como personagem um adolescente punk que faria qualquer coisa para voltar com sua ex-namorada, mas o novo namorado dela não vai permitir.

Em “Sununga” (Brasil, 12 min, 2017), de Laysla Brigatto e Carlos Gabriel Pegoraro, um pescador encontra uma sereia morta e decide levá-la para casa. Intrigado com a criatura, ele começa a perceber que ela não pertence àquele lugar.

“Tempo de Ir, Tempo de Voltar” (Brasil, 24 min, 2018), de Pedro Nishi, aborda três irmãos que voltam a morar juntos na casa de sua infância, após de anos separados.

Atividades paralelas

seminário “A Cozinha das Emoções e Sentimentos no Cinema Latino-Americano”
dia 26/07, às 14h00, mesa “O Desejo e as Relações Afetivas”
com Marcos Jorge (cineasta), Rosane Borges (jornalista) e Rogério da Costa (mediador)

dia 26/07, às 16h30, mesa “O Cinema Visceral e o Sabor da Generosidade”
com Camila de Moraes (cineasta), Ana Paula Sousa (jornalista) e Rogério da Costa (mediador)

dia 30/07, às 14h00, mesa “Digerindo Filmes, Mostras e Comidas Latino-Americanas”
com Marisa Werneck (cientista social), Checho Gonzales (chef) e Rogério da Costa (mediador)

local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

encontro Produção Independente e Criativa no Cinema Brasileiro
dia 27/07, às 17h00, no Centro Cultural Banco do Brasil
com Bel Bechara e Sandro Serpa (brasileiros, diretores do filme “Onde Quer que Você Esteja”)

debate “A Criação Audiovisual nos Fimes de Realizadores Afrodescendentes Brasileiros”
dia 27/07, às 19h00, no Auditório da Biblioteca Latino-Americana do Memorial da América Latina
com os cineastas brasileiros Camila de Moraes, Daniel Solá Santiago e Jeferson De

encontro “Núcleos Criativos” + sarau “Los Orientales”
dia 31/07, às13h00, no Cinesesc
com Yael Steiner (empreendedora cultural uruguaia), César Troncoso (ator uruguaio), Nicolás Aznarez (produtor uruguaio) e Paula Cohen (atriz brasileira)

Cinema da Vela Especial – “O Cinema no Feminino”
dia 31/07, às 19h30, no Cinesesc
com Inés Efron (atriz radicada na Argentina e homenageada pelo festival) e Viviana Gómez Echeverry (colombiana diretora do filme “Keyla”), com mediação de Flávia Guerra (jornalista brasileira).

13º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo
25 de julho a 1º de agosto de 2018
abertura: 25 de julho de 2018, quarta-feira, às 19h30, no Memorial da América Latina

locais
Memorial da América Latina (Praça Cívica, Auditório Simón Bolívar e Biblioteca Latino-Americana)
Cinesesc
Centro Cultural Banco do Brasil
Instituto CPFL
Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

Sair da versão mobile