Para marcar os 244 anos da cidade de Campinas com traços, formas e matizes singulares, o Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) abre três exposições que mostram a expressividade das produção das artes visuais: “Homenagem a Biojone”, “Coleção em Evidência MAV Unicamp” e mais um recorte do acervo do MACC. O vernissage acontece na próxima quinta, 19 de julho, às 19h, com entrada gratuita.
De Francisco Biojone (1934-2018), um dos principais artistas de Campinas, que produziu ininterruptamente obras de grande valor, sempre pesquisando novas linguagens e propondo ideias, o público poderá conferir 18 trabalhos de três momentos de sua carreira: o matérico dos anos 1960, que expressa a brutalidade da matéria sobre a superfície, com linguagem tensa e carregada; a série “Oceano”, uma fase paisagista, poética, na qual a superfície de suas obras traz imagens do mar; e o conjunto “Fábulas não Escritas”, em aquarelas leves e coloridas, levando o espectador a imaginar os conceitos de cada obra como se fossem vitrais aquarelados.
Das duas obras de Biojone criadas especialmente em homenagem a Campinas, uma estará na exposição e destaca o Rio Atibaia, localizado na região do distrito de Sousas. O público também poderá conferir as três últimas marinhas pintadas pelo artista, ainda inéditas.
Biojone participou de mostras individuais e coletivas, projetou o seu trabalho para as principais cidades brasileiras e para o exterior, em países como França, México, entre outros.
Em Campinas, o artista fez parte do conhecido Grupo Vanguarda, nos anos 1960, com linguagens inovadoras para a época, em um momento em que a arte acadêmica era o que se praticava em termos de pintura e escultura na região. Biojone deixou, com a importância da sua pintura como suporte e linguagem, importante legado à história, o que poderá ajudar as futuras gerações a entender o que se produziu de arte contemporânea nas últimas décadas em Campinas.
Coleção em Evidência MAV Unicamp
Com curadoria de Sylvia Furegatti e Iara Schiavinatto, o MACC recebe a primeira edição da mostra “Coleção em Evidência MAV Unicamp” com obras de 15 representativos artistas que integram o acervo do Museu de Artes Visuais da universidade. Durante a abertura, haverá o lançamento de uma caixa com reproduções das obras apresentadas. Esta primeira edição será distribuída para escolas da região de Campinas, museus de arte e centros culturais do Brasil.
“Esta mostra almeja evidenciar o conjunto selecionado por sua expressividade simbólica, técnica, histórica e poética”, afirma a curadoria.
Os 15 trabalhos expostos trazem peças caras para a própria história do Instituto de Artes e do MAV, elaborados pelos professores Tuneu, Marco do Valle e Sergio Niculitcheff, “representantes da boa performance do professor-pesquisador-artista atuante na formação das gerações de alunos da graduação e pós-graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Unicamp, desde sua fundação até o presente”, destacam as curadoras, lembrando que, “ainda na direção que cerca a Universidade e seu trabalho com a sociedade, a exposição contempla a presença de alunos graduados por seus cursos que têm espaço destacado no circuito nacional, tais como Vânia Mignone”.
A mostra destaca “o diálogo direto com a produção artística da cidade por meio de mestres das artes visuais contemporâneas locais que levam o nome de Campinas para este campo artístico desde meados do século XX, como bem o fizeram Thomaz Perina e Enéas Dedecca aqui articulados, na devida medida, a artistas de importância no circuito tais como Geraldo de Barros e Anatol Wladyslaw, de quem o MAV possui expressivo conjunto de peças. Assim também podemos entender o alcance e a envergadura gráfica dessa coleção, aqui representada por Marcelo Grassmann, Renina Katz e Hermelindo Fiaminghi”, complementam.
A mostra traz, ainda, obras dos artistas Alex Flemming e Alex Cerveny, Ricardo Basbaum e Claudio Trindade.
No dia 19, o público também poderá apreciar, em uma das salas do Museu, um recorte da coleção do MACC composto por trabalhos de 15 artistas, como Akiko Fujita, Marco do Valle, Ricardo Cruzeiro, Chico Fransé, Fulvia Marchesi, Marcio Rodrigues, entre outros. São esculturas e instalações de diferentes técnicas, como mosaico, cerâmica, ferro, madeira e borracha. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Exposições “Homenagem a Biojone”, “Coleção em Evidência MAV Unicamp” e parte do acervo do MACC
Local: Museu de Arte Contemporânea de Campinas – MACC (Av. Benjamin Constant, 1.633, Centro, Campinas)
Abertura: 19 de julho, quinta-feira, às 19h
Visitação: 20 de julho a 9 de setembro/2018
Horários: terça, quarta, sexta e sábado, das 10h às 18h; quinta, das 10h às 21h; e domingo, das 9h às 12h
Entrada gratuita