.Por Eduardo de Paula Barreto.
Vivemos tempos estranhos
Caminhamos rumo ao retrocesso
A civilização aumenta em tamanho
E igualmente aumenta o desapreço
Pelas pessoas que são transformadas
Em alvos para as mãos armadas
Que restringem o direito à vida
Os demônios são cavaleiros alados
Que com os olhos vendados
Cavalgam sobre balas perdidas.
Imigrantes morrem afogados
Antes de alcançarem a orla
Crianças sem nenhum pecado
São aprisionadas em gaiolas
E a fome expõe os ossos
Dos jovens e idosos
Que são frágeis vítimas
Dos demônios que fazem discursos
De cima dos luxuosos púlpitos
Disfarçados de autoridades políticas.
Pequenos grupos privilegiados
Concentram toda a riqueza
Fazendo do suor dos explorados
O combustível da sua avareza
E constroem ilhas de paraíso
Cercadas por águas de egoísmo
No mar das riquezas materiais
Os demônios são seres opressores
Que se alimentam das dores
Causadas pelas distorções sociais
Discover more from Carta Campinas
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




