Após a decisão da Justiça (03/05) de suspender a ordem reintegração devido à ausência de comprovação de posse da Eldorado Empreendimentos Imobiliários, as famílias que fazem parte do Acampamento Marielle Vive denunciam ameaças e o ingresso irregular de bovinos na área ocupada no município de Valinhos (SP).
Segundo atestam testemunhas, desde a última quinta-feira (03/05), homens vinculados aos fazendeiros têm colocado gado de forma sistemática nas áreas das fazendas São João das Pedras e Eldorado. Segundo o movimento, as duas fazendas são “comprovadamente improdutivas e “sustentavam uma criação fictícia de gado”. As famílias alertam sobre tentativas de forjarem provas para contrapor a decisão do desembargador do Tribunal de Justiça em torno da posse da terra ocupada.
Além disso, a ocupação Marielle Vive tem sido alvo de ataques e ameaças desde seu inicio. Recentemente as famílias se depararam com homens portando armas de fogo em frente à portaria e em seguida ouviram dois disparos de arma de fogo realizados na madrugada do domingo (06/05). Relatam também que homens armados intimidam cotidianamente os sem terras na entrada do acampamento. Desse modo, as famílias denunciam as ameaças e receiam sobre a segurança do acampamento.
Próximo de completar um mês na segunda-feira, o movimento afirma que as 700 famílias que moram no Acampamento Marielle Vive continuam se organizando na luta contra a especulação imobiliária e em defesa da Reforma Agrária, amparada constitucionalmente. “Não aceitamos nenhum tipo de violência contra as famílias e denunciamos as agressões e ameaças”, anotam em mensagem divulgada.
Os sem terra pedem que as entidades de defesa dos direitos humanos, partidos políticos, sindicatos, movimentos populares e apoiadores a manifestação de repúdio a este tipo de prática e a defesa da garantia de direitos das famílias. (Carta Campinas com informações de divulgação). OutrosLados
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