A entidade católica ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou manifesto relativo ao 1º de Maio e criticou a Reforma Trabalhista, implantada pelo governo golpista de Michel Temer, com o apoio de políticos evangélicos e do PSDB.
Em manifesto relativo ao 1º de Maio, a Pastoral Operária afirma se unir ao clamor por direitos que estão sendo extintos. “Esses direitos, conquistados ao longo de nossa história, resultaram de muitas lutas da classe trabalhadora”, afirma a organização, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e presente em 61 dioceses de 14 estados.
“Após mais de um século de conquistas, nos deparamos, hoje, com reformas trabalhistas que nos remetem a condições semelhantes ao tempo da escravidão. A classe trabalhadora sofre o impacto negativo dessas reformas impostas pelo governo Temer e por grandes empresários”, acrescenta a Pastoral, recordando, “com afeto especial, todas as pessoas que tiveram suas vidas ceifadas para que a classe trabalhadora pudesse ter melhores condições de trabalho e para que todos neste país vivam com dignidade”.
As reformas citadas não criam empregos anunciados, “achatam salários, tornam as condições de trabalho mais inseguras, eliminam convenções coletivas, fragilizam as organizações sindicais e penalizam sobretudo os setores mais vulneráveis da classe trabalhadora”. Na nota, a Pastoral diz ainda ser inadmissível que os trabalhadores se submetam “aos que saqueiam seus direitos, concentram riquezas e geram miséria”, denunciando “a supremacia do poder econômico que torna o capital mais importante que os seres humanos”.
Confira aqui a íntegra da nota.
A CNBB também divulgou mensagem aos trabalhadores, afirmando que “trabalho não é mercadoria, mas um modo de expressão direta da pessoa humana”.
“Ao Estado compete cuidar para que as relações de trabalho se deem na justiça e na equidade”, acrescenta a nota. “A solução para a crise, que abate o País, não pode provocar a perda de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Nos projetos políticos e reformas, o bem comum, especialmente dos mais pobres, e a soberania nacional devem estar acima dos interesses particulares, políticos ou econômicos.”
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