Nesta apresentação, Noel Andrade e a banda Blues Etílicos revisitam a obra de Tião Carreiro numa mescla entre a música sertaneja e blues. Com Noel Andrade (voz e viola), Greg Wilson (guitarra e voz), Flávio Guimarães (gaita), Kadu Menezes (bateria), Otávio Rocha (guitarra), Claudio Bedran (baixo) e Leandro Britto (violão).
José Dias Nunes, mais conhecido como Tião Carreiro ou o Rei do Pagode, para os mais íntimos, é um músico brasileiro imortalizado pela sua obra. Seu estilo acaba por influenciar diversas gerações, tanto a do sertanejo, cantor e violeiro Noel Andrade, como também a dos músicos da banda carioca Blues Etílicos.
Esta influência, tanto para Noel Andrade quanto para o Blues Etílicos, resultou em uma parceria e, consequentemente, em uma homenagem para o Rei do Pagode. O encontro entre os Rios Mississipi e Piracicaba resultou em belíssimas releituras daquelas músicas que acabaram por acompanhar a vida de muitos, sertanejos ou não. O destaque fica por conta dos diálogos entre as guitarras slide de Otávio Rocha, a Viola de 10 cordas de Noel Andrade e as gaitas sempre inspiradas do Flávio Guimarães, por mais difícil que seja escolher apenas um em um trabalho tão denso de informações e musicalidades.
Músicas como “Rei dos Cangaceiros”, “Nove Nove”, “Pagode em Brasília”, “Menino da Porteira” e “Rio de Lágrimas” são algumas das onze que compõe este CD. Destas releituras fica o carinho especial para as músicas “Chora Viola”, “Pagode em Brasília” e, principalmente, “Menino da Porteira” que teve trechos traduzidos para o inglês e interpretado pelo norte-americano Greg Wilson.
A obra conjunta de Noel Andrade e Blues Etílicos homenageando o Rei do Pagode é voltada para os amantes de Blues e da música sertaneja de qualidade, linhas de guitarra slide e gaita inspiradas, uma cozinha com bastante suingue, viola caipira muito bem inserida e ditando o ritmo e, por fim e não menos importante, o trabalho de vozes que, em dados momentos, remetem às tradicionais duplas sertanejas brasileiras. No ano de 2018, completa-se 25 anos da morte de Tião Carreiro.
A entrada é gratuita. (Carta Campinas com informações de divulgação)