O novo presidente do Chile, Sebastián Piñera, que assumiu neste domingo (11), pela segunda vez, é conservador e de direita.
Eleito pela população chilena, Piñera substitui a mandatária Michelle Bachelet, que é do partido socialista, agremiação de esquerda do Chile.
Se Sebastián Piñera completar o mandato de 4 anos, o Chile terá completado mais de três décadas de democracia e eleições.
Diferente do Brasil, que sofreu um golpe parlamentar com omissão do Poder Judiciário, o Chile está há 28 anos sem golpe em uma sequência de 7 presidentes eleitos pela população. O último golpista a exercer o poder foi justamente o ditador de extrema-direita Augusto Pinochet, que saiu em 1990.
Já países como Honduras, Paraguai e Brasil sofreram golpes parlamentares com decisiva participação do Poder Judiciário para consolidar o golpe na Democracia. A divulgação ilegal dos áudios da ex-presidente Dilma Rousseff e a omissão do STF sobre o crime de responsabilidade foram decisivos para o sucesso do golpe de 2016.
Nos últimos anos tem havido um revesamento do poder entre esquerda e direita. Piñera, de 68 anos, volta à chefia do governo depois de ter presidido o país de 2010 a 2014, na ocasião marcando o primeiro triunfo de um candidato conservador depois de 20 anos de governos de centro e também de centro-esquerda. Na época ele também sucedeu ao governo da socialista Michelle Bachelet em seu primeiro mandato.