Protagonistas de um controverso processo eleitoral em 2012, os ex-prefeitos Edson Moura e Edson Moura Júnior foram condenados em primeira instância a quatro anos de prisão pela acusação de compra de votos durante o pleito realizado há seis anos.
A denúncia começou com a divulgação de um vídeo que mostrava o então candidato à prefeitura e seu filho entregando dinheiro para eleitores após uma reunião. Os dois ex-mandatários podem recorrer em liberdade, pois a decisão do juiz Carlos Eduardo Mendes, da Justiça Eleitoral de Paulínia é em primeira instância.
Para fundamentar a decisão, o juiz destacou que as provas e a autoria do crime estão devidamente comprovados pelos laudos periciais. De acordo com a pesquisa e investigação realizada, o vídeo é legítimo. Um dos trechos do vídeo mostra uma mulher recebendo R$ 500.
Originalmente, o inquérito foi aberto para investigar compra de votos na eleição de 2012 por parte do prefeito Edson Moura Júnior, do pai dele, o ex-prefeito Edson Moura, e do vice, Francisco Bonavita Barros. Na época, uma testemunha relatou à Justiça ter vendido por R$ 150 o voto dela para a chapa do prefeito. A promotoria acusou ainda os políticos de promoverem arrastões para a compra de votos em vários bairros na campanha eleitoral.
Após ter tido o mandato cassado por cinco vezes desde a eleição de 2012, Edson Moura Júnior havia conseguido uma liminar que o recolocou no cargo do Executivo. Posteriormente, foi afastado e José Pavan Junior completou o mandato.
Esta não é a única dor de cabeça do ex-prefeito Moura Junior. No ano passado, a 2a Vara Criminal de Paulínia aceitou denúncia feita pelo Ministério Público contra o ex-prefeito e o vereador Marcos Roberto Bolonhezi, o “Marquinho Fiorella” (PSB), por suposto desvio de dinheiro público em um esquema de indenização do próprio parlamentar por desapropiação simulada. (Elias Aredes, do Todo Dia)