Meio milhão de trabalhadores perderam o emprego com carteira assinada de acordo com dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados hoje (28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A quantidade de trabalhadores com carteira assinada chegou a 33,296 milhões no trimestre móvel terminado em janeiro de 2018. O número apresenta queda de 1,7% em relação ao período de novembro de 2016 a janeiro de 2017.
A reforma trabalhista, implantada pelo governo Temer com o apoio do PSDB, PMDB e partidos evangélicos, provocou uma redução de 562 mil postos de trabalho com carteira assinada, o que corresponde a 1,7%. Além disso, segundo os dados do IBGE, aumentou em 1 milhão o número de pessoas que trabalham por conta própria, o famoso bico.
O número de pessoas trabalhando por conta própria chegou ao maior nível da série histórica, passando de 22,19 milhões para 23,18 milhões, um aumento de 4,4%, o que corresponde a 986 mil pessoas.
A piora pode ser notada nas empresas. Elas contrataram sem carteira assinada 581 mil pessoas, ou 5,6%, chegando a 10,98 milhões de trabalhadores precarizados.