O “Topo da Montanha” estreou em Londres, em 2009, ganhou versão na Broadway, em 2011 e, por aqui, há dois anos, tem carreira ascendente, sendo protagonizada e também produzida por Lázaro Ramos e Taís Araújo, com direção de Lázaro Ramos e codireção de Fernando Philbert. A encenação que conquistou tantos espectadores relembra que, há quase cinquenta anos, no dia 4 de abril de 1968, o mundo se despedia de Martin Luther King Jr, o pastor protestante e ativista político que se tornou ícone por sua luta pelo amor ao próximo e pelo repúdio à segregação racial norte-americana. Vale lembrar que somente entre 1883 e 1959, cerca de cinco mil negros foram linchados nos estados do Sul do país – e é este o momento histórico que a jovem dramaturga Katori Hall desconstrói na ficção.
O “Topo da Montanha” faz alusão ao último grande discurso de Martin Luther King (I’ve Been to the Mountaintop). Em Memphis, na Igreja de Mason, no dia 3 de abril de 1968, Luther King acabara de realizar seu último sermão. É exatamente neste cenário, um dia antes de seu assassinato, cometido na sacada do Hotel Lorraine, do quarto 306 – e na sequência de suas derradeiras palavras públicas –, que Martin Luther King, interpretado por Lázaro Ramos, conhece Camae, encenada por Taís Araújo, a misteriosa e bela camareira em seu primeiro dia de trabalho no estabelecimento. Repleta de segredos, ela confronta o líder em clima de suspense e simultaneamente debochado. Deste modo, em perfeito jogo de provocações, faz o reverendo se lembrar que, como todos, é humano. Por meio do humor e da emoção, faz rir e pensar com retórica atual, seja para americanos ou brasileiros.
A escrita, diga-se, faz sentido mesmo quando comparada à situação política daqueles tempos. Para citar uma frase do espetáculo: “parem a guerra do Vietnã e comecem a lutar contra a pobreza” – vista sob a ótica do presente, ela ainda parece possível ser proferida e ressalta as características de um líder que “teve a força de amar aqueles que jamais puderam o amar de volta”.
“Este texto me perseguiu como ator por dois anos, por meio de pessoas que diziam que tinha de fazê-lo no Brasil. E é contemporâneo porque é uma história também sobre enfrentar medos. Sobre os trilhos da coragem e do afeto”, resume Lázaro. “Tínhamos muito receio de que o texto fosse americano demais e não tocasse as pessoas. Mas o tempo e uma boa tradução nos convenceram que as questões do amor e da igualdade são relevantes e próximas a todos nós”, complementa Taís. (Carta Campinas com informações de divulgação)
FICHA TÉCNICA
Texto de Katori Hall
Direção de Lázaro Ramos
Codireção de Fernando Philbert
Tradução de Silvio Albuquerque
Consultoria Dramatúrgica de Angelo Flávio
Assistência de direção Thiago Gomes.
Com Lázaro Ramos e Taís Araújo
Voz Inicial da Mãe de Martin Luther king de Léa Garcia
Preparação vocal de Edi Montecchi
Cenografia de André Cortez
Assistência de Cenografia de Carmem Guerra
Construção Cenário de Ono Zone Estúdio/ Fernando Bretas e Waldir Rosseti
Iluminação de Walmyr Ferreira
Assistência de Iluminação de Marcos Freire
Figurinos de Teresa Nabuco
Trilha sonora de Wladimir Pinheiro
Desenho de Som de Laércio Salles
Projeções de Rico Vilarouca e Renato Vilarouca
Fotos de estúdio de Jorge Bispo
Fotos de cena de Valmyr Ferreira e Juliana Hilal
Projeto gráfico da Dorotéia Design, Adriana Campos e Tamy Ponczyk
Revisão de Regina Stocklen
Assessoria de imprensa de Antonio Trigo
Comunicação para Web de Urgh.us
Direção, edição e imagens dos vídeos para Internet de Thiago Gomes
Serviços de camareira de Solange Carneiro
Contraregragem de Fabiano Motomoto
Operação de luz de Kadu Moratori e Ari Nagô
Operação de som e projeção de Fernando Castro
Serviços técnicos de projeção de Bruno Mattos
Supervisão técnica de projeção de Alexandre Bastos – Novamídia
Assistência técnica e de produção de Igor Dib
Assistência de administração de Jandy Vieira
Administração Lei Rouanet de Thiago Oliveira
Produção executiva e administração de Viviane Procópio
Administração geral de André Mello
Direção de produção de Radamés Bruno
Produção da BR Produtora
Produtores associados André Mello, Lázaro Ramos e Taís Araújo
Data: de 23 a 25 de fevereiro.
Horário: sexta às 20h; sábado às 21h; domingo às 19h.
Local: Teatro Iguatemi 3º piso do Iguatemi Campinas – Endereço: Av Iguatemi, 777 – Vila Brandina
Telefone: (19) 3294-3166 – www.teatroiguatemi.com.br
Valores:
Inteira: R$ 100,00
Meia-Entrada: R$ 50,00
Vendas:
Bilheteria do Teatro: 3294-3166 (segunda a sábado das 10h às 22h | domingo das 12h às 20h)
Pela internet: www.ingressorapido.com.br
Regras para Meia-Entrada:
Estudantes (Com Cartão da Instituição Educacional com data de validade ou Boleto – Atestado de Matricula do mês vigente)
Idosos e Terceira Idade (Cartão de Aposentado ou RG para maiores de 60 anos)
Professores Rede Pública (Holerite ou Documento que comprove)