A República de Gilead é um estado totalitário que tenta usar a Bíblia para fundamentar seus atos. Qualquer mulher que comete um delito (homossexualidade está entre eles) é enviada para colônias penais, a não ser que seja fértil. Neste caso, se torna uma “aia”, sendo obrigada a ter relações sexuais com quem o governo determina. Kate foi presa por tentar atravessar a fronteira, seu marido foi morto e ela nunca mais viu a filha. Ela é designada para ser a aia do Comandante, supremo chefe militar da República. Ao mesmo tempo, um movimento de resistência começa a desafiar o regime. Roteiro de Harold Pinter. Com Natasha Richardson, Robert Duvall, Faye Dunaway, Elizabeth McGovern e Aidan Quinn. (EUA, 1990. Colorido, 90 min).
O romance se passa em Cambridge, Massachusetts, um cenário em parte inspirado na sociedade americana puritana da Nova Inglaterra. Na obra, a autora transforma as instituições e a paisagem numa república chamada Gilead. A prosa de Margaret é assustadoramente explícita, criando a impressão de que todos os prazeres físicos de uma vida foram reduzidos a ações mecânicas, realçando, assim, o valor do desejo. Com seu mundo imaginário, ela mostra a opressão sexual em sua forma mais extrema, quando a sexualidade é separada do desejo e toda relação se torna tão violenta quanto um estupro. Romance de Margaret Atwood (1939). Publicado em 1985.
O Ciclo “Cinema & Literatura” no MIS CAMPINAS acontece desde agosto de 2011, exibindo, como o próprio nome sugere, adaptações cinematográficas de obras literárias, mas não quaisquer obras. O primeiro critério de seleção dos filmes que compõem o ciclo é justamente a qualidade das obras adaptadas, com isto, nestes quase sete anos de ciclo, já foi possível discutir grandes clássicos da Literatura como Ulysses (James Joyce), A Montanha Mágica (Thomas Mann), O Processo (Kafka), Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis), Vidas Secas (Graciliano Ramos), Mrs. Dalloway (Virginia Woolf), Anna Karenina (Tolstoi), Dom Quixote (Cervantes), Moby Dick (Melville) e Macunaíma (Mário de Andrade), dentre muitos outros.
A exibição é gratuita e seguida de debate. (Carta Campinas com informações de divulgação)