A febre amarela silvestre matou 61 pessoas no estado de São Paulo desde 2017 até o momento, conforme informações divulgadas ontem (2) pela Secretaria de Saúde do estado. Desde 2017, três cidades concentram 75,9% dos casos da doença: 58,8% das infecções por febre amarela silvestre foram contraídas em Mairiporã, 14,1% em Atibaia e 3% em Amparo.
Entre os mortos estão um morador de Minas Gerais e outro de Santa Catarina, ambos infectados em Mairiporã, município da região metropolitana da capital. No mesmo período, houve 163 casos autóctones (contraídos no próprio estado) confirmados da doença.
O boletim do governo estadual, divulgado na sexta-feira passada (26), indicava a ocorrência de 134 casos da doença, sendo que 52 resultaram em morte.
Não há casos confirmados de febre amarela na capital paulista. Não há também casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
Neste sábado (3), foi realizado mais um Dia D de vacinação contra febre amarela no estado. Cerca de 900 postos ficaram abertos, incluindo mais de 150 postos volantes montados nas regiões do Vale do Paraíba, litoral norte e Baixada Santista. (Agência Brasil/Carta Campinas)
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HAEMAGOGUS
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Caim lágrimas em quantidade
Disto eu tinha certeza
Seriam elas de felicidade
Ou seriam lágrimas de tristeza?
Na dúvida fui me aproximando
Dela que continuava chorando
Com o olhar fixo no celular
E para saber por que chorava
Disfarçando dei uma olhada
E também comecei a chorar.
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Abraçamos um ao outro
Numa tentativa desesperada
De encontrar algum conforto
Enquanto caiam as lágrimas
E entre trêmulos soluços
Ela balbuciou sussurros
Ao pé do meu ouvido
E diante de tais revelações
Senti tantas palpitações
Que perdi os sentidos.
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Passaram-se alguns minutos
E logo fui reanimado
Estávamos caídos juntos
Com os olhos inchados
Então peguei o celular dela
Para certificar-me se era
Verdade o que eu tinha visto
Lá estava o retrato feio
Como tela de bloqueio
De um tal de Bolsomito.
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Parecia o Trump tupiniquim
Com o rosto de amarelo pintado
Exibindo o cartaz: Vote em mim
Porque você merece ser picado!
E ao redor do político demagogo
Estavam os mosquitos Haemagogus
E Sabethes como suas sentinelas
Prontos para iniciar o retrocesso
E como seu primeiro gesto
Ressuscitaram a febre amarela.
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Eduardo de Paula Barreto