A redução da nota do país foi divulgada nesta quinta-feira (11) à noite. A agência achou tímidas as medidas do governo que assumiu o poder após o golpe parlamentar de 2016.
Em comunicado, a S&P informou que o Brasil está demorando para implementar as reformas que reduzam os riscos fiscais do país, principalmente a da Previdência, que praticamente acaba com a previdência pública e beneficia grupos financeiros que atuam na previdência privada. “Apesar de vários avanços da administração [Michel] Temer, o Brasil fez progresso mais lento que o esperado em implementar uma legislação significativa para corrigir a derrapagem fiscal estrutural e o aumento dos níveis de endividamento”, justificou a agência.
Defensores do golpe parlamentar de 2016 anunciavam nos meios de comunicação que em poucos meses a economia estaria no “rumo certo” e tudo se resolveria. Mas aconteceu o contrário. As dívidas do governo explodiram e os gastos com setores privilegiados aumentou ao mesmo tempo que recursos econômicos e direitos foram retirados da população.
Desde fevereiro de 2016, o Brasil estava enquadrado dois níveis abaixo do grau de investimento. As outras duas principais agências de classificação de risco que defendem o interesse do mercado financeiro, Fitch e Moody’s ainda não alteraram a nota do país e continuam a manter o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento.
Em nota divulgada esta noite, o Ministério da Fazenda informou que o governo continua comprometido com as medidas de ajuste fiscal e com a reforma da Previdência. (Carta Campinas com informações da Agência Brasil)