Na avaliação do Conselho, a crise é gerada principalmente pela falta de planejamento na gestão da cidade.
Para o CMS, a justificativa da Prefeitura de que a culpa é da crise econômica não é condizente com a realidade.
O maior problema, de acordo com o Conselho Municipal de Saúde, está na gestão da Secretaria Municipal de Saúde, onde inclusive, são apuradas hoje denúncias de corrupção na relação com a Organização Social (OS) Vitale, responsável pela gestão do Hospital Ouro Verde.
Segundo o Conselho, a crise é generalizada e envolve desde abastecimento, até recursos humanos. A situação nunca foi tão grave pelo menos nos últimos 15 anos. Faltam principalmente remédios. Por exemplo: Anticonvulcionantes, remédios para asma e para saúde mental, entre outros. Isso somado à decadência de equipamentos e prédios. Estão quebrados aparelhos como autoclave, banheiros estão interditados, há infiltração de água nos prédios, salas interditadas, unidades sem manutenção predial e de equipamentos. Esta é a situação da Saúde Pública de Campinas nos últimos quatro anos, de acordo com avaliação do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Campinas.
Pelo menos 80% das autoclaves (aparelhos para esterilizar instrumentos) da rede pública municipal de saúde de Campinas estão quebradas. Isso já decorre num aumento de custos muito grande para transporte de material para unidades que têm autoclave em funcionamento. “A cidade está gravemente doente”, afirma a presidenta do Conselho de Saúde, Haydée Lima, médica aposentada da Prefeitura. A estes problemas soma-se a redução do horário de funcionamento em pelo menos 12 unidades de saúde. Ocorre precarização do atendimento à população.