Segundo o relatório da ADL, o número de mortes provocadas pela supremacia branca supera os assassinatos cometidos por extremistas islâmicos, por exemplo. Os supremacistas brancos são diretamente responsáveis por 18 das 34 mortes relacionadas ao extremismo em 2017. Nove foram ligadas a grupos extremistas islâmicos.
O ano de 2017 foi o quinto da história com maior quantidade de homicídios por grupos extremistas desde 1970. A ONG mostra que grupos extremistas de direita foram responsáveis por 59% das mortes ocorridas em episódios de crimes de ódio em 2017 nos Estados Unidos (EUA). No topo da lista aparecem os supremacistas brancos, com 71% dos casos. Há no país cerca de 917 grupos radicais em ação.
O diretor da ONG Jonathan Greenblatt lembrou, em comunicado publicado na página da ADL que no ano passado três casos de extremismo tiveram destaque – dois ataques ligados a um terrorista islâmico e outro da supremacia branca em Charlosttesvile. “Isso é um lembrete austero de que o extremismo doméstico é uma séria ameaça à nossa segurança ”, disse.
Ele lembrou também que não se pode ignorar uma forma de extremismo em detrimento de outro. “Quando supremacistas brancos e outros extremistas estão mais encorajados e encontrar novos públicos para os seus pontos de vista cheios de ódio, a violência ganha espaço”, afirmou.
Outro ponto do relatório observou uma onda emergente de assassinatos por nacionalistas negros. Grupos com essa classificação foram responsáveis por cinco assassinatos.
Como conclusão, o grupo recomenda maior comprometimento das autoridades em combater o racismo. Autoridades federais e estaduais devem apoiar adequadamente programas para combater todas as formas de extremismo violento, incluindo a decorrente de ambas as organizações terroristas internacionais e movimentos extremistas domésticos.
O relatório foi feito com base em dados oficiais do FBI e da justiça norte-americana. O estudo é realizado anualmente pela ONG. (Agência Brasil/ Carta Campinas)