Em um artigo importante para entender a atual investida da extrema-direita neoconvervadora, a cientista social, antropóloga e professora do departamento de Desenvolvimento Internacional da Universidade de Oxford, Rosana Pinheiro-Machado (foto), defende que a inteligência e a artimanha da direita está sendo construída para redefinir a verdade histórica do processo civilizatório desde o iluminismo. Assim também acontece com agentes do Estado Brasileiro.
Para ela, é um erro achar que os neoconservadores que pedem “escola sem partido”, atacam obras de arte e outras agressões que beira à estupidez, sejam burros. “Os novos movimentos conservadores, com formação liberal, sabem muito bem que não havia nada de pedofilia nas exposições”, diz. Eles agem para destruir a democracia, para transformar a construção histórica e civilizatória. O artigo é longo, mas vale cada parágrafo.
A nova direita conservadora não despreza o conhecimento
.Por Rosana Pinheiro-Machado.
Os acontecimentos recentes nos museus de Porto Alegre e São Paulo mostraram como foi possível reduzir complexas formas de expressão a rótulos como o de pedofilia. Resta-nos a sensação de que estamos de um cenário empobrecedor e autoritário que comprime diversas camadas de significados em uma resolução encerrada aos gritos.
O populismo da nova direita conservadora se caracteriza pela privação de debates e promessas de soluções fáceis para problemas complexos. Tudo indicaria, portanto, que ela é contra o conhecimento, as artes e a ciência.
Mas não é: a nova direita não é anti-intelectual, mas anti-elite intelectual.
Para além do que aparece na superfície, os neoconservadores possuem um projeto intelectual claro que, por um lado, persegue um tipo de conhecimento e, por outro, procura redefinir uma nova direção para a sociedade global.
Em ambos os casos, o que está em jogo é a produção e a disputa de novos regimes de verdade sobre a humanidade.
Atualmente, há registros da perseguição ao conhecimento crítico e à memória de justiça histórica por todos os lados. Há o resgate de símbolos nazistas. Há a redução de disciplinas de carga horária das ciências humanas nos currículos de diversas grades escolares no mundo todo.
Isso se vincula diretamente a um fenômeno muito maior e estarrecedor: uma mudança de legitimação de retórica – aquilo que é historicamente autorizado a dizer.
Atingindo o coração do conhecimento humanista – tão duramente estabelecido ao longo do século passado – ataca-se o legado iluminista e o cerne dos princípios da modernidade, os quais, apesar de sua dimensão intervencionista, conseguiram criar certo senso de direitos humanos universais, civilização global e humanidade una.
O que os neoconservadores estão alegando é que esse projeto civilizacional não apenas ruiu, mas é o próprio produtor da desigualdade.
Escolas e Universidades
O Brasil está em posição particularmente retrógrada no ataque ao pensamento crítico e humanista. Lá em 2014, quando as faixas das manifestações verde-amarelas pediam menos Paulo Freire já estava claro que um impeachment não era apenas um impeachment: ele vinha acompanhado do espírito autoritário e anti-democrático.
De lá para cá, se a o projeto de lei Escola sem Partido irá ser aprovado, isso pouco importa a essas alturas: é sabido que a lei já é colocada em prática em sala de aula por meio dos estudantes-censores.
Professores estão amedrontados e muitos relatam que acabam não ministrando certos conteúdos para proteger sua integridade ou simplesmente para não se desgastar frente a jovens em alerta para atacar a suposta doutrinação.
Eu mesma vivi uma situação desse tipo. Passei um ano como professora visitante do exterior no Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e era parte de minhas obrigações incentivar a internacionalização do conhecimento.
Com esse objetivo em mente, ofereci aos alunos de pós-graduação a mesma disciplina que eu ministrava na Universidade de Oxford, onde lecionei por alguns anos.
A disciplina era sobre movimentos sociais, mas certo dia apareceu nos jornais, sites e redes sociais dos institutos ditos liberais como um curso em que uma colunista da CartaCapital ensinaria Protestos na USP com o dinheiro público.
A forma como esse tipo de notícia se espalha é sempre muito nefasta: usaram minha foto, foram-me dirigidas humilhações verbais nos comentários e, finalmente, muitas pessoas disseram que eu – uma terrorista – deveria morrer.
Eu precisei começar o primeiro dia de aula acionando a segurança da universidade – um cenário que já não se imagina mais ocorrer. Não foi a primeira vez que fui atacada, nem será a última, mas foi a primeira vez em que o problema não era “eu”, mas a produção de conhecimento em si.
Apesar do lado anedótico dessa interpretação que transforma um tema sociológico clássico em “uma aula de protestos”, partir do princípio de que a direita é burra, anti-intelectual e anti-ciência me parece uma aposta equivocada.
Os novos movimentos conservadores, com formação liberal, sabem muito bem que não havia nada de pedofilia nas exposições, da mesma maneira que muitas de suas lideranças jovens estavam cientes que minha disciplina não era para ensinar protestos.
Disputando regimes de verdade
O argumento de que a nova direita conservadora despreza o conhecimento apenas nos coloca na posição de vítimas da história em defesa do sagrado saber – e esse é exatamente o ponto que eles querem provar.
Os neoconservadores também constroem sua identidade a partir da posição de vítima de um tipo de conhecimento: vítima de certo establishment intelectual das universidades e da grande mídia, o qual – ao priorizar determinados grupos – teria virado as costas das pessoas comuns.
A própria democracia seria um projeto sustentado por uma elite intelectual, privilegiando poucos apenas.
A crise do neoliberalismo do século XXI, acirrada pelo desvelamento das relações promiscuas mantidas entre a política e o mercado no mundo todo, serviu como uma luva para fortalecer esse tipo de narrativa acerca da ameaça vermelha.
Embaraçosamente, o primeiro ponto a levantar quando falamos em políticas do conhecimento, é reconhecer que a nova direita se coloca como protetora dos interesses do povo, no momento em que ela associa conhecimento humanista com establishment, elites intelectuais e poder.
Este establishment é a geração 68 que teria vencido no campo intelectual e ajudado a formar certo consenso liberal democrático que conciliava capitalismo e avanço das pautas identitárias.
A disputa por agendas econômicas (neoliberais ou progressistas) do século XXI se constrói por meio de uma guerra que é fundamentalmente discursiva: por palavras, estátuas, símbolos.
É uma guerra pelo estabelecimento de novos discursos que, ao atacar certo projeto moderno, vem com uma agenda econômica embutida. Mas esse cenário de disputas discursivas é uma oportunidade para o campo progressista repensar – seriamente e autonomamente – os rumos da mundialização e que tipo democracia almejamos.
Nós não somos vítimas dessa batalha e o que está em jogo é uma disputa de projetos que lidam com concepções muito profundas sobre a sociedade global, a modernidade e seus impactos na desigualdade.
Entender o funcionamento intelectual dos neoconservadores é parte fundamental para reorganizar resistência. A base da nova direita segue seus próprios intelectuais.
O Manifesto da Nova Direita Francesa, escrito por Alain de Benoist e Charles Champetier se define como uma nova escola de pensamento que procura desenvolver uma “meta política”, disputando espaços revistas acadêmicas, colóquios e conferências.
A história, para eles, “é o resultado de ações e intenções humanas, dentro de enquadramentos de convicções, crenças e representações que providenciam significado e direção [tradução livre]”.
Na mesma direção, o livro Generation Identity, A Declaration of War Against the ‘68ers, escrito por Markus Willinger, outra referência da nova direita, também salienta importância de recuperar uma direção de/para a humanidade e, em sua tese, isso passa pelo retorno ao local, às identidades regionais e ao freio de processos migratórios.
A base da nova direita também não é anti-ciência (ela se coloca contra o dinheiro público investido na ciência, que apenas contentaria a uma elite intelectual), mas entende que é preciso disputar estrategicamente espaços legitimados.
A publicação de um artigo na revista Third World Quarterly, chocou a comunidade científica global ao que fazer elogios ao colonialismo, gerando protestos de acadêmicos do mundo todo.
Esse recente escândalo ocorreu em uma das mais prestigiosas revistas científicas do mundo, a deixando bastante claro que o que está em jogo hoje não é um desprezo ao conhecimento, mas antes uma luta por novas (ou bastante antigas, na verdade) fontes de conhecimento.
Deparamo-nos com a necessidade de voltar a defender o óbvio, ou melhor, aquilo que parecia óbvio, aquilo que acreditávamos que já havíamos superado. Mas não superamos.
Ignorar que o avanço conservador também está equipado intelectualmente é um erro estratégico primário.
Afinal, quando Michel Foucault mencionou que conhecimento é poder, ele estava se referindo à consolidação dos discursos de dominação. O colonialismo e a indústria do desenvolvimento não dominaram o mundo sem uma conhecer o Outro, sem uma parcela significativa de intelectuais e experts a seu dispor.
Se há algo positivo nisso tudo é não nos deixar esquecer conhecimento é poder, mas também é resistência: precisamos conhecer o outro lado e, principalmente, lembrar que o senso de humanidade una, justiça, direitos humanos e equidade é uma verdade que nunca foi totalmente construída e, portanto, ainda precisamos lutar criticamente por ela. (Da Carta Capital)
Tenho uma terrivel sensação de estar numa sinuca de bico….
Como agir com tuso isso que está acontecendo? Gente que achei ser inteligente e perspicaz entrando nessa de moralismo que me dá dor de cabeça ! Eles não escutam !
Esse tipo de análise leva a muita confusão. Por isso não se trata de uma boa análise, ainda que as intenções sejam das melhores.
As críticas ao modelo iluminista e da sociedade moderna que ela fala foram feitas por Marx, então essa nova direita seria um comunismo às avessas? Está certo criticar que os direitos civis não eram tão amplos como dizia a propaganda. Mas, primeiramente ninguém pode discordar que a nova direita é neoliberal, certo? Portanto ela não quer ampliar direitos e sim restringir direitos. Não se pode deixar de considerar o projeto econômico e ideológico quando se faz esse tipo de comparação! Alem disso, creio que não se deve generalizar às características não tão burras da nova direita europeia, para casos específicos de cada cultura local daqueles territórios, menos ainda comparar com o Brasil!!!!! Se essa nova direita ataca algumas bases do pensamento moderno, ela ataca pelo lado obscurantista, totalitário. Importante não confundir isso…
Parabéns por sua contribuição !
Também acho confuso essa Senhora, tão bem formada, dizer que essa “direita” não é anti intelectual, mas ant-elite intelectual. Sempre as ideologias dominantes pertencem à classe dominante, portanto não faz sentido dizer que essa nova direita é ant-elite intelectual, pois seriam, nesse caso, contrárias à própria ideologia.
Acostumem-se ao contraditório. Vocês nos ensinaram isto. Agora vamos aplicar nossos valores contra o que vocês querem nos impor. Somos a maioria e vamos avaliar muito bem o que é bom para nossa civilização e, vocês podem até sugerir, mas nunca mais vão nos impor.
A imposição de valores nunca foi algo aceito por quem defende a democracia. Você está confundindo democracia com ditadura, e não, vocês não são maioria. Se fossem, não estariam, hoje, tentando enganar a população com essa história de Escola Sem Partido, uma falácia sem tamanho e que só engana os rolos.
Perfeito. Não sei de onde o sujeitou achou a tal maioria.
???? Vocês, quem??? Quem é maioria e com base em que é maioria?
Pra mim, tudo isso sintetiza o popular: “Farinha pouca? Meu pirão primeiro!”
Logo após a Segunda Guerra ficou claro que não havia muito para onde expandir indefinidamente: nalgum momento as coisas teriam que serem paradas. Naquele momento, contraditoriamente, o medo do comunismo salvou o capitalismo com a retroalimentação econômica seguindo fielmente o ciclo das águas, mar-nuvem-chuva-terra-rio-mar. Em 1989, com o fim da União Soviética e a transmutação da economia comunista chinesa para nacional-socialista ficou claro que o sistema não iria muito adiante sem um grande desastre. Gambiarras conseguiram empurra-lo mais pra frente, mas em 2008… acabou a ilusão. E desde então as guerras, golpes de Estados e outras intervenções têm um único objetivo: salve-se quem puder! O Pre-sal, por exemplo, é colchão pra trilhões de dólares de fumaça gerado na roleta das pirâmides dos derivativos; mas não existem tantos ativos que cubram 800 trilhões de dólares em passivos… “alguéns” vão sobrar. E muitos.
A direita está se preparando para a nova Idade Média que está batendo às portas. E o iluminismo foi a tentativa de sepultamento em definitivo da Idade Média europeia e por conseguinte, ocidental.
Respeito a opinião dessa moça, ela refere-se que não ocorreu pedofilia no museu. Uma criança precisa ver essa nudez, não é melhor ela brincar com outras crianças. Esse tipo de arte acontece no mundo inteiro mas tem avisos proibindo de menores frequentarem esses tipos de arte, tem segurança para não deixar entrar menores. Aqui no Brasil tem que ser diferente?
Claudio, não é bem assim.
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-41524090
Então me explique porque uma criança não pode ver um adulto pelado em um museu? mas pode ver no carnaval, em casa, na praia, continuar proibindo é motivo pra ver escondido com um pouco de maldade. Será que isso tudo não é hipocrisia? Eu posso fazer, só não posso mostrar.
Perfeito.
Vivo situações de perseguição e vetos há dez anos,desde que me doutorei e voltei à docência no ensino superior.Já perdi emprego mais de uma vez sem qualquer apoio de colegas,concursos,seleções,bolsas de pesquisa.Eles,colegas, preferem desconfiar de minha competência e/ou creditar tais ocorrências a situações isoladas.No interior do MA,em 2014,onde fui como prof.substituta por seleção pública,cheguei a ser ameaçada de morte e afastada por uma iniciativa estranha de alunos,durante as minhas férias(?)e sem direito de defesa.MP de lá arquivou denúncia.Eles,alunos de Letras,diziam estar no “fim do mundo”,embora eu buscasse motivá-los para sentirem-se empoderados.Mas no RJ também vivi situações difíceis ensinando Machado de Assis e corrente de filosofia,o ceticismo, para alunos de Letras(eram evangélicos na maioria).Enfim,o fato é que ficamos desamparados(os professores),pois a categoria em geral ainda prefere não analisar a realidade a sério,mesmo perdendo eleitoralmente como estamos perdendo pelo país para a direita conservadora.Vide Dória,Crivella,Temer e tantos outros exemplos.
Lamentável ler este trágico relato. Mas não desista cara Professora. Temos que fazer valer os valores de justiça, ética, democracia e solidariedade e impedir que o ódio, o individualismo extremado, a ignorância prevaleçam. Precisamos de pessoas como a senhora!
Angeli Rose, sou docente também. Desisti do Brasil há 15 anos, embora trabalhe ligada ao país através da língua. Sinceramente sofro com a queda cultural do nosso país, da falta de perspectivas para os jovens, pelos familiares e amigos que vivem aí, mas sinceramente não me arrependo nem um pouco e digo a vc, lute e procure um cargo de Leitora e quem sabe de professora universitária em um outro país, deixe-se ser respeitada, valorizada.
Ana Maria disse:
14 de outubro de 2017 às 5:19
O seu comentário está aguardando moderação.
Angeli Rose, sou docente também. Desisti do Brasil há 15 anos, embora trabalhe ligada ao país através da língua. Sinceramente sofro com a queda cultural do nosso país, da falta de perspectivas para os jovens, pelos familiares e amigos que vivem aí, mas sinceramente não me arrependo nem um pouco e digo a vc, lute e procure um cargo de Leitora e quem sabe de professora universitária em um outro país, deixe-se ser respeitada, valorizada.
BRAVA ! PARABÉNS .
Concordo. Mas o que a cientista tem que observar é que, a elite de direita no Brasil não enche uma quenga de coco, ela articulou grupos de jovens fascistas para cooptar nossos jovens, pobres e sem formação política, a seguirem seus ideais sectários. Façam pesquisas, perguntem aos “direitistas” se eles sabem de onde surgiu o termo direita e esquerda? Com certeza, a maioria irá responder que “nem sabe o que defende”.
Bravo, Profª. Pinheiro-Machado! Orgulho-me de ter uma compatriota em tão honrosa e disputada posição acadêmica. Lamentável constatar o tratamento dado por setores da sociedade brasileira ( a tal cordialidade brasileira) certamente uma massa manipulada por aqueles os quais bem descreve em seu artigo.
Para não cair na tentação da total descrença na humanidade, precisamos de mais seres pensantes, críticos, reflexivos apontando um norte nesse caos que vivemos!
Se a questão se resume a uma disputa entre diferentes conhecimentos, uma concorrência, então o que impede de alguém chegar à conclusão que tudo não passa de uma questão de preferência? Esse mesmo discurso não poderia legitimar as atitudes reacionárias? Se o pensamento foucaultiano apresenta uma resposta a isso, eu gostaria que ela fosse explicitada junto com essa análise.
Não quero parecer desonesto com o artigo a ponto de ver precipitadamente contradições, mas…a mim soa estranho falar em ”neoconservadorismo” e ”ultraconservadores” e ao mesmo tempo dizer que ”eles querem transformar a construção histórica e civilizatória”.
A direita. e pragmatica, com apoio
da midia impoe sua propria agenda
afastando do debate questoes como
o nacionalismo, como se um novo
mundo estivesse a ser construido
Os neo liberais reassumiram o poder
no Brasil e mais do que nunca o controle social e politico
Olá, no tocante haver pedofilia, realmente não houve pedofilia, no caso do peladão, apenas uma agressão ao estatuto da criança e do adolescente artigo 241, os atos podem cominar em 2 a 4 anos de prisão. Se a direita exagerou com as pinturas, a esquerda com essas cenas da menina de 5 anos simplesmente deu todo aval para ser criticada, isso independe de polarizações políticas, pois é crime.
Concordo. Qualquer assunto que envolva criança, e que não passe pelo filtro do ECA, deve ser prontamente combatido.
Não entendi o direcionamento dela no texto, em relação às exposições de arte, pois ela esta falando da direita em geral, mundial, mas usa o contexto de dois fatos muito isolados, ficou forçoso. Ademais, em relação à criança e ao homem nu em SP, não houve pedofilia, mas inadequação.
Acho ( achismo), que tem a haver com uma nova ordem mundial ( não sei se o termo e esse). Onde o capital já não precisa tanto assim da mão de obra proletária pra sobreviver. A IA, vai fazer boa parte daquilo que o proletário faz. Assim precisa de embasamento filosófico pra justificar quem tem direito de mandar e quem tem que obedecer. E bom lembra o inicio da era industrial, onde o proletário não tinha direitos só deveres. Com o tempo e a necessidade de mão de obra qualificada aumentando, a classe dominante foi obrigada a fazer concessões. Hoje a necessidade já não e mais a mesma então eles podem voltar aos modelos antigos, na pre-industrialização. O problema e que hoje temos internet, e ai as ideias se multiplicam do dia pra noite e da noite pro dia. Essa velocidade da informação e um problema E sabido e notório que informação gera conhecimento, e conhecimento sem a autorização do status quo. Talvez essa seja uma tentativa de intervir nesse processo de conhecimento não autorizado.
Narciso acha feio tudo o que não é espelho. E, ironicamente, não consegue olhar o próprio umbigo.