Segundo a revista Veja, em reportagem divulgada ontem (6), na gravação Joesley negocia um pagamento de R$ 6 milhões ao ministro. O áudio foi entregue pelo empresário ao Ministério Público Federal (MPF), como parte de sua delação premiada. Em nota, o ministro disse comentará o assunto somente em juízo.
Além de ministro de Temer, Marcos Pereira é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e do PRB, partido também controlado por evangélicos.
Segundo a reportagem, o áudio, que foi gravado por Joesley sem que Pereira soubesse, mostra os dois somando valores de repasses. À Procuradoria-Geral da República (PGR), o empresário disse que a quantia seria uma propina, em função da influência do ministro, que é presidente licenciado do PRB, sobre negócios na Caixa Econômica Federal.
Na nota que divulgou, Marcos Pereira disse que “não comentará nenhum informe advindo da colaboração processual em referência, nem muito menos fará comentários sobre pretensas gravações ilícitas”.
“Os fatos que envolvem sua relação com Joesley Batista serão devidamente esclarecidos quando lhe for dada oportunidade de falar perante autoridade interessada na verdade, de maneira imparcial. Seus advogados já manifestaram ao STF sua intenção de aclarar os fatos e, portanto, aguarda momento formal para se defender e mostrar sua inocência”, conclui o texto.
O acordo de colaboração premiada de Joesley Batista foi homologado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), em maio, mesmo mês em que foi retirado o sigilo sobre a delação. Desde então, o empresário apresentou novas informações à PGR, nem todas já conhecidas do público, em meio às quais encontra-se a menção a Marcos Pereira. (Agência Brasil; edição Carta Campinas)