Após o golpe parlamentar de 2016, intensificaram-se os ataques à escola pública no Brasil. Antes já havia todo um movimento de entrega das escolas para o controle de grupos privados, organizados em entidades sociais.
Em 2016, a situação piorou com o avanço de setores religiosos e fundamentalistas, que tentam impor a censura ao professor.
Os desafios da escola pública é a pauta do Congresso Internacional ‘Escola Pública: tempos difíceis, mas não impossíveis’, que acontece entre os dias 30 de outubro e 1º novembro, na Faculdade de Educação (FE) da Unicamp.
O ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, António Nóvoa, da Universidade de Lisboa, David Berliner (Universidade de Arizona) e Mario Volpi, do Programa Cidadania dos Adolescentes da Unicef, estão entre os conferencistas (foto).
A professora Dirce Zan, diretora da Faculdade de Educação, afirma que a escola pública tem sido desqualificada e demonizada frente a opinião pública, com o claro objetivo de colocá-la à mercê dos interesses corporativos. Para ela, privatizar a gestão da escola pública, como vem ocorrendo em vários Estados, vai apenas desviá-la de sua função principal, que é “formar cidadãos conscientes, com capacidade de desenvolver pensamento crítico”, sem com isso melhorar o aprendizado das diferentes disciplinas.
Para a professora, tem se tornado hegemônico o discurso que apresenta o setor privado como única referência de produtividade e eficiência, como justificativa para cada vez mais reduzir o papel do estado na proteção social e cultural. “Os tempos são difíceis para todas as instâncias públicas, da saúde à previdência, passando pelas demais políticas sociais e sem deixar de fora nem mesmo os parques públicos. São tempos difíceis, mas não é impossível reverter esse processo e é papel da universidade encontrar caminhos alternativos”, afirma Dirce Zan.
Para a diretora, o Congresso ocorre para melhor enfrentar o desafio de se contrapor à mercantilização da escola pública, por meio de um amplo diálogo entre conhecimento teórico, referências empíricas e ação política.
Congresso Internacional “Escola Pública: Tempos Difíceis, mas não Impossíveis”
30 de outubro a 1º de novembro de 2017 – Centro de Convenções da UnicampConferencistas e palestrantes
Prof. António Nóvoa (Universidade de Lisboa – Portugal )
Prof. Renato Janine Ribeiro (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP)
Prof. David Berliner (Universidade do Arizona – Estados Unidos)
Profa. Celia Kerstenetzky (Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Prof. Paulo Carrano (Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense)
Prof. Mario Volpi (Programa Cidadania dos Adolescentes da Unicef)Programação completa
www.fe.unicamp.br/escolapublicaInformações complementares
Duini Magalhães: (19) 3521-5564 – [email protected]
Thais Marin: (19) 3521-5565 – [email protected]
“…Certa vez eu percebi que esses sonhos, esses delírios, esses devaneios, podiam se tornar realidade e até começaram a virar verdade. Só que acabou. Mas, noite após noite, o cara continuava a sonhar. Ele sonhava, assim como eu, todas as noites. Ele sonhava demais. Mas nem tanto assim. Trabalho, comida, casa, roupa, escola, saúde, transporte, vida. Nem é tanto assim. Nem tão exagerados eram seus sonhos, ainda que devaneios alucinados possam parecer a tantos. Nem é tanto assim, ainda que delirantes e extravagantes. Nem é tanto assim.
Sonhar ainda pode. E eu sonho. Sonho todas as noites. Sonho muito, sonho demais. Mesmo que não seja tanto assim. EU SONHO DEMAIS. TODA NOITE EU SONHO.
Amor, compaixão, solidariedade.
Felicidade. Sempre.”
“EU SONHO DEMAIS. TODA NOITE EU SONHO.”
> https://gustavohorta.wordpress.com/2017/10/09/eu-sonho-demais-toda-noite-eu-sonho/
#GloboMente pracarai
Escola pública já foi disputada pela classe média e rica desse país, isso em minha infância e juventude. Gradativamente foi sendo sucateada pelos desgovernos de plantão, assim como tantos serviços públicos essenciais de titularidade do Estado. E com o único objetivo de transformar o ensino uma indústria lucrativa e não uma obrigação do Estado. Deu no que deu: um aprofundamento da desigualdade e a manutenção de uma classe de servos da máquina capitalista fundamentalista que se instalou no país.
Alguém aí consegue ver uma saída para mais essa tragédia?